“O mesmo desespero a desesperar. A mesma alegria a alegrar”, diz Cícero em um verso de “A Cidade”. A música é o single de divulgação do quarto álbum de inéditas do cantor, mas funciona como um resumo perfeito do recém-lançado “Cícero & Albatroz”, no qual Cícero anda ora no céu, ora no inferno.
Ao longo de 10 faixas, o cantor carioca apresenta letras de grande força poética que nem sempre são captadas em uma primeira audição.
Leia mais:
Anna Farris está brava com Chris Pratt por namoro secreto com Olivia Munn, diz revista
Samara Felippo mostra barriga e desabafa: ‘a vida toda lutei contra a balança’
Recomendados
“Muito sortuda com o namorado, mas sem estilo algum”, o visual da namorada de Henry Cavill pelo qual...
Trabalhada na transparência, Jojo Todynho usa look all black na festa do cantor L7nnon
Rei Charles III fala em público pela primeira vez após pronunciamento de Kate Middleton
Essa dificuldade de acompanhar a letra tem uma boa razão: a qualidade sonora do instrumental, que é feito pela banda Albatroz. O grupo é um coletivo formado por Bruno Schulz, Uirá Bueno, Gabriel Ventura, Cairê Rego e Felipe Pacheco – de bandas indie como Baleia e Ventre.
O disco pode ser dividido, assim, em três blocos. As primeiras quatro canções (“Aurora nº 1”, “A Ilha”, “Não se Vá” e “À Deriva”) mantêm o clima ensolarado do disco anterior de Cícero, “A Praia” (2015).
A quinta faixa, “A Cidade”, marca uma transição nada suave para a melancolia, como uma queda em um precipício que afunda mais em “Velho Sítio”. A recuperação, ainda chorosa, começa em “A Rua mais Deserta”.
A terceira fase do álbum, mistura nas últimas três músicas a alegria e o desespero, começa na explosiva “A Grande Onda”, a melhor canção do disco. Já “Aquele Adeus” é o exato oposto, sendo uma das mais tristes. O fim é com “Arco”, que mistura tudo, com um crescendo sentimental.
O disco, portanto, termina exatamente no ponto certo para voltar a ser ouvido, pois evoca justamente a alegria do início dele mesmo.