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Assassinato de Daniella Perez completa 25 anos; Glória Perez homenageia a filha

Há 25 anos, um crime chocava o público brasileiro. Daniella Perez, uma atriz em início de carreira, foi assassinada a golpes de tesoura pelo colega Guilherme de Pádua, que agiu com sua mulher, Paula Thomaz. Daniella tinha 22 anos.

A dramaturga Glória Perez, mãe da atriz, fez uma homenagem a ela no Instagram. «25 anos é menos que 25 dias, que 25 horas, que 25 segundos. Filho não se conjuga no passado!», escreveu ao lado de uma montagem com quatro fotos da filha.

Colega de Glória na Globo, o autor Walcyr Carrasco também se pronunciou no Instagram, de maneira contundente, sobre o fato de os responsáveis estarem soltos. «25 anos que perdemos Daniella Perez pelas mãos de assassinos torpes que hoje estão soltos, refazendo suas vidas. Ela mudou de nome, ele virou pastor de igreja. Um abraço carinhoso a amiga Glória Perez que, em meio a dor e a saudade,  se mantém forte lutando por justiça», afirmou.

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Histórico

Daniella e Guilherme interpretavam os namorados Yasmin e Bira na novela das 20h «De Corpo e Alma», escrita por Glória. No dia do crime, os dois gravaram uma cena em que a moça dava um fora no personagem de Guilherme.

Ele teria ficado alterado após a gravação e tentado, aos prantos, falar com a colega. Segundo testemunhas da produção, o rapaz a assediava na esperança de que ela convencesse a mãe a dar-lhe mais espaço na trama.

Ele buscou a mulher, Paula, então com 19 anos e grávida de 4 meses, e voltou aos estúdios. Seguiu Daniella e fechou seu carro quando ela saía de um posto de gasolina. Ele a agrediu quando e deixou desacordada. Paula assumiu o volante do carro da atriz e seguiu o marido até o local onde ela foi morta a tesouradas.

Um motorista que passou pelo local desconfiou do casal que deixava o local, anotou as placas e acionou a polícia. Raul Gazolla, com quem Daniella era casada, foi a primeira pessoa a chegar no local e reconhecer o corpo, seguido por Glória. Os dois foram consolados por Guilherme, que voltou à cena do crime.

Descobertos, o casal foi julgado quase cinco anos depois. A moça negou participação, mas foi condenada a 18 anos e seis meses, enquanto ele pegou 19 anos. Guilherme, que a princípio assumiu sozinho a autoria do homicídio, mudou de versão e acusou a mulher. Eles se separaram e o filho nasceu em maio de 1993.

Glória Perez conseguiu 1,3 milhão de assinaturas que pediam para incluir homicídio qualificado na Lei dos Crimes Hediondos. A lei foi modificada, mas como o crime ocorreu antes da alteração na lei, Guilherme e Paula foram soltos em 1999, antes de completarem sete anos de prisão, já que presos com bom comportamento ganham liberdade depois de cumprir um terço da sentença.

 

Assim como Walcyr Carrasco apontou, Guilherme é hoje pastor evangélico em Minas Gerais, sua terra natal. Casou-se em pela terceira vez neste ano.

Já Paula, que hoje assina Peixoto, se casou com um advogado e teve dois filhos. O marido também adotou o filho que ela esperava de Guilherme à época do crime.

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