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Cartazes espalhados por Los Angeles acusam Meryl Streep de ser cúmplice de Harvey Weinstein

As ruas de Los Angeles, nos Estados Unidos, amanheceram na última terça-feira (19), repletas de cartazes que apontam que Meryl Streep estava ciente sobre os abusos sexuais de Harvey Weinstein, que foi acusado de assediar mais de 60 mulheres.

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A intervenção artística traz uma imagem da atriz ao lado do cineasta com uma tarja vermelha cobrindo seu olho, na qual se pode ler «She knew» («Ela sabia»).

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A premiada artista atuou em diversos longas produzidos pela The Weinstein Company, estúdio fundado pelo produtor. Entre as produções estão «A Dama de Ferro» (2011) e «Álbum de Família» (2013).

Os pôsteres apareceram perto da casa da estrela em Pasadena, próximo ao prédio do SAG-AFTRA, maior sindicato de atores do país, e nos arredores dos estúdios da 20th Century Fox.

As obras, cuja autoria não foi reivindicada por nenhum ativista, surgiram em um momento em que Streep foi acusada por Rose McGowan de ser hipócrita. Comentando sobre o protesto planejado pelas atrizes no Globo de Ouro, que pretendem vestir preto na cerimônia contra a onda de assédios em Hollywood, a atriz disparou:

«Atrizes como Meryl Streep, que trabalharam contentes para o monstro porco, estão usando preto no Globo de Ouro como um protesto silencioso. Seu silêncio é o problema. Vocês vão aceitar prêmios falsos e não vão causar nenhuma diferença. Eu desprezo sua hipocrisia. Talvez todas deveriam usar Marchesa!», disse a artista, se referindo à marca de roupas da ex-mulher de Weinstein.

Em seguida, Meryl rebateu a fala da artista que acusou o produtor de cinema de tê-la estuprado em 1997: «Machucou ter sido atacada por Rose McGowan nas manchetes da mídia durante o fim de semana, mas quero deixar claro que nunca soube dos crimes de Weinstein, nem nos anos 1990 quando ela foi atacada, ou nas décadas seguintes quando ele atacou outras pessoas. Eu não fiquei deliberadamente em silêncio. Eu não sabia. Eu não apoio o estupro. Eu não aprovo ver jovens mulheres sendo assediadas. Eu não sabia o que que estava acontecendo», disse.

«Sinto muito que ela me veja como adversária, pois nós duas, junto com todas as mulheres em nosso trabalho, estamos lutando diante do mesmo inimigo: um status quo que deseja retornar aos tempos antigos, quando mulheres eram usadas, abusadas e impedidas de tomar decisões em grandes níveis da indústria. É aí que os encobrimentos convergem. Esses lugares devem ser desinfetados e integrados, antes que qualquer coisa comece realmente a mudar», finalizou a veterana.

 

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