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São Paulo se rende a Moulin Rouge em sessão de cinema a céu aberto

São Paulo, sexta-feira, chuva, frio, quase véspera de feriado. Se fosse parar para pensar, não havia muitos motivos para querer sair de casa e encarar um evento ao ar livre em um dia como esse. Mas foi exatamente o desafio que muitos toparam na última sexta (17).

O oitavo dia do Shell Open Air em São Paulo, festival de cinema a céu aberto que conta com o incentivo do Ministério da Cultura, resgatou o romântico «Moulin Rouge» (2001), do diretor australiano Baz Luhrmann (de «Romeu + Julieta» e da versão mais recente de «O Grande Gatsby»). A chuva apertou a tarde toda, mas deu uma trégua justamente durante a exibição do filme, que teve início às 20h.

Os ingressos, assim como para outras sessões da mostra, esgotaram rapidamente. Com capas de chuva, os espectadores se aglomeraram nas arquibancadas para exaltar o filme vencedor de dois Oscar em 2002, por Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte.

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O longa, que se passa no bairro boêmio de Montmartre, na Paris de 1900, conta a história do jovem escritor Christian (Ewan McGregor). Ao se aventurar pelas ruas da Cidade Luz, conhece a cortesã Satine (Nicole Kidman), com quem vive um amor intenso, mas proibido, tão comum nos filmes de Luhrmann — tudo isso embalado pela releitura de canções clássicas como «Your Song», de Sir Elton John, e «Roxanne», do grupo The Police.

As pouco mais de duas horas de filme resgataram um sentimento que muitos apontam como perdido na cidade de São Paulo: o amor. «O amor que supera todos os obstáculos», como ressalta o personagem de McGregor. E enfatiza: «A coisa mais grandiosa que você poderá aprender é como amar e ser amado.» E, inspirados pelas cenas na telona, o público realmente pegou o espírito e se amou durante a exibição…

Da tela aos palcos

Para coroar a celebração do amor, o fim da exibição do filme marcou o início do show do Bixiga 70, banda formada em um estúdio de música independente no bairro do Bixiga, em São Paulo. O jazz animado, com uma pegada latina, fez lembrar a explicação de Sebastian (Ryan Gosling) no musical de Damien Chazelle, «La La Land» (2016) — cada artista em seu próprio ritmo, sua própria viagem, conversando uns com os outros para formar uma melodia conflituosa e harmônica.

A apresentação de cerca de uma hora fez o público se jogar, um jeito de extravasar depois de uma sessão daquelas. Mas também teve espaço para quem queria relaxar com os food trucks do local, que ofereciam lanches, crepes, e bebidas variadas.

A programação do Shell Open Air vai até dia 26 de novembro com a exibição de «Curtindo a Vida Adoidado» (1986). Acompanhe o vídeo de como foi a experiência em breve no Metro Jornal.

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