Entretenimento

Em Pajubá, Linn da Quebrada fala das dificuldades da população LGBT no Brasil

Todas as 14 faixas de “Pajubá”, primeiro álbum da cantora trans Linn da Quebrada, apresentam o selo indicativo de linguagem explícita.

A crueza e a veracidade das letras da cantora fazem com que a classificação seja merecida, mas escondem a habilidade de Linn de criar metáforas provocantes para falar das dificuldades da população LGBT no Brasil.

O repertório desse disco guia a apresentação que ela fará no dia 20, às 18h, no Sesc Santana – os ingressos começam a ser vendidos amanhã no site sescsp.org.br.

Recomendados

Um exemplo da habilidade da cantora está na faixa “Necomancia”, em que ela faz um dueto com a cantora drag queen Glória Groove. As duas cantam uma série de sortilégios para héteros preconceituosos e, lá pelas tantas, dizem que fazem “bixaria”. “Oculta sendo voraz”, diz o refrão. O mesmo tipo de trocadilho recheia canções como “Transudo” e “Bixa Travestchy”, outros destaques.

A melhor faixa, porém, é “Serei a”, um samba sobre a falta de aceitação que as trans sofrem cantado em parceria com Liniker. “Aconteça o que aconteça, continue a navegar, continue a travecar”, entoam as duas.

O disco traz ainda como pilares a canção “Enviadecer”, single que lançou a carreira de Linn em 2016; e uma pouco inspirada parceria com a funkeira Mulher Pepita, em “Dedo Nocué”.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos