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Agatha Christie ganha biografia escrita por dono de acervo de mais de 700 livros dela

Dona de uma imaginação sem igual, Agatha Christie estabeleceu a incrível marca de escrever uma nova história a cada três meses. Com isso, estima-se que ela já tenha vendido quatro bilhões de exemplares, traduzidos para mais de 100 idiomas.

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Para comemorar os 40 anos da morte da escritora, o pesquisador brasileiro Tito Prates, 49 anos, lançou durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na semana passada, a obra “Agatha Christie From My Heart – Uma Biografia Verdadeira”, a primeira sobre a autora em português. Dono de um invejável acervo, com mais de 700 títulos dela, Tito revela, entre outras curiosidades, que Agatha Christie gostava de praticar surfe, ouvir ópera e participar de expedições arqueológicas.

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Além disso, trabalhou como enfermeira na Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial e foi investigada por suspeita de espionagem pelo Serviço de Inteligência Britânico (mais conhecido como MI5) na Segunda Guerra.

O maior mistério, porém, está relacionado ao seu desaparecimento, durante 11 dias, em dezembro de 1926. Na época, até Conan Doyle, o “pai” de Sherlock, ajudou na investigação. Mas, afinal, o que teria acontecido? Rapto? Sequestro? Assassinato?  “Quando ela perdeu a mãe, entrou em depressão. Para piorar a situação, o marido, Archibald Christie, resolveu pedir a separação”, elucida. Elementar, meu caro Poirot!

Você lembra “como” e “quando” começou a gostar de Agatha Christie?
Quando eu tinha nove anos, minha tia Olga contou para mim a história de “Um Destino Ignorado” [1942] e as pérolas grudadas com chiclete me impressionaram. Eu diria que senti amor à primeira vista.

Você consegue eleger qual seria o seu livro favorito?
Li a obra completa de Agatha Christie umas quatro vezes. Cheguei a ler alguns livros mais de 10. O meu favorito é “Um Crime Adormecido” [1976]. Há um componente de terror, presente em poucos livros dela, que me agrada muito. De todos, o que eu menos aprecio é “Os Quatro Grandes” [1927].

Qual a maior dificuldade que você teve para escrever “Agatha Christie – From My Heart”?
Li mais de 120 livros sobre ela. Só de biografias, foram 12.  Além disso, tive acesso aos arquivos de Agatha Christie. Vi fotografias raras, gravações originais, contos inacabados. O neto e herdeiro dela, Matthew Prichard, sabe da seriedade do meu trabalho e me apoiou.

O que torna o detetive Hercule Poirot tão especial se comparado a Sherlock Holmes ou Jules Maigret?
Depois de Sherlock,  Poirot é o mais popular. A diferença é que, ao contrário de Sherlock, Poirot tira suas conclusões a partir do que o leitor também observa.

Já aconteceu de você descobrir, alguma vez, a identidade do assassino?
Nunca. Dá para acreditar? Não acertei nem mesmo no chute… [risos].

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