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Woody Allen retorna com produção pouco inspirada

Colin Firth e Emma Stone protagonizam o novo longa do diretor | Dvulgação
Colin Firth e Emma Stone protagonizam o novo longa do diretor | Dvulgação

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Causa estranhamento que um novo filme de Woody Allen aterrisse nesta quinta-feira nos cinemas sem qualquer sinal de alarde dos cinéfilos ou da imprensa. A questão é que “Magia ao Luar” se encontra naquela prateleira dos títulos menos inspirados do diretor americano de 78 anos.

É possível que a frustração de agora tenha a ver,  um pouco, com excesso de expectativa. Afinal, Allen causou boa impressão no ano passado com “Blue Jasmine”, no qual extraiu uma atuação magistral de Cate Blanchett na pele de uma socialite que não sabe lidar com sua própria derrocada – a atriz foi premiada com o Oscar pelo papel.

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Em “Magia ao Luar”, o diretor viaja à França dos anos 1920 de uma forma completamente distinta daquela de “Meia-noite em Paris” (2011). O cenário é o interior, onde a jovem mística Sophie, interpretada pela descolada Emma Stone, surpreende famílias ricas ao estabelecer contatos com o além. O fato atrai o cético mágico Stanley (Colin Firth), que se dedica a desbaratar fraudes que envolvem seu ramo e pretende acabar com a farsa da moça.

Temas caros ao cinema de Allen estão presentes no longa, em especial o embate entre racionalismo e misticismo, mas falta charme e carisma à história e aos atores para que a narrativa consiga decolar aos olhos do público.

Dessa vez, é Firth quem encarna o alterego do diretor. Sua interpretação para as falas rápidas do roteiro resultam em caretas que tornam o personagem caricato e achatam a discussão proposta por ele. Também falta química entre o ator e Emma Stone, bem mais convincente como personagem de época no filme “Histórias Cruzadas” (2011) do que aqui.

Tudo isso faz com que “Magia ao Luar” seja uma daquelas produções que poderiam ter sido bem mais interessantes, mas não foram. O tropeço, no entanto, não deve ser motivo de preocupação. Com o ritmo de produção de Allen, que consegue lançar um novo título por ano, os fãs têm tudo para se esquecerem rapidinho dessa frustração.

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