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Após lutar contra o câncer, Sharon Jones volta revigorada

“Give the People What They Want” é o sexto disco de Sharon Jones |  Jason Kempin/Getty Images
“Give the People What They Want” é o sexto disco de Sharon Jones | Jason Kempin/Getty Images

O ano de 2013 foi difícil para Sharon Jones, 57. Diagnosticada com câncer no pâncreas, a cantora passou por um tratamento que a fez dar uma pausa na carreira em junho, adiando o lançamento de “Give the People What They Want”, realizado oficialmente na semana passada.

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Antes disso, ainda enquanto compunha o álbum, Sharon perdeu a mãe também para o câncer, mesma doença que levou o irmão do saxofonista de sua banda, Neal Sugarman.

Com tratamento encerrado em 31 de dezembro, Jones usa agora suas energias para recuperar o melhor de sua saúde e divulgar o ótimo “Give the People What They Want”, sexto disco de uma carreira que começou tarde (aos 45 anos) e que busca nos sons do passado suas maiores referências.

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Em entrevistas, Jones afirma que o disco é um testemunho de sobrevivência, pois chegou a pensar que não apresentaria o novo trabalho ao público. É um alívio poder escutar músicas como “Retreat!”, uma das melhores da cantora, que abre com força o álbum.

Enquanto novos nomes do soul tentam revitalizar o estilo, Sharon e a excelente banda The Dap-Kings – que gravou “Back to Black” com Amy Winehouse – se unem para manter as tradições dos maiores nomes do gênero, como Aretha Franklin e Otis Redding.

“Give the People What They Want” – Sharon Jones (Daptone Records) US$ 10,no itunes

Se nas letras há muita superação e referências ao gospel, no ritmo o baixo e os metais ditam uma levada cheia de groove, caso de “Stranger to my Happiness” e “Now I See”. Outro destaque são as tranquilas “Making Up and Breaking Up” e “We Get Along”, além da balada “Slow Down, Love”, que fecha o disco sem qualquer clima de tristeza.

Revigorada e cheia de energia, a cantora, que passou por São Paulo em 2011, apresenta um dos melhores discos de soul nos últimos tempos ao lado de “Victim of Love”, de Charles Bradley, do ano passado.

Uma última novidade de Jones (que não está no disco) é uma versão própria dela para “Goldfinger”, tema do filme homônimo da saga 007 que agora faz parte da trilha de “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese, que estreia nesta sexta.

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