O cantor Nelson Ned, em registro de 1994 | Kátia Lombardi/Folhapress
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Apelidado de “pequeno gigante da canção” devido a seu nanismo, o cantor Nelson Ned calou-se na manhã deste domingo aos 66 anos. Mineiro nascido em Ubá, ele havia sido internado no sábado no Hospital Regional de Cotia, em São Paulo, com problemas na bexiga, infecção respiratória aguda e pneumonia, doença que o matou.
Atuante desde os anos 1960, Ned foi uma das principais vozes da música romântica brasileira. Cantando tanto em português quanto em espanhol, ganhou forte projeção internacional a partir de 1969 com a canção “Tudo Passará”, regravada em mais de 40 países.
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Ele chegou a vender 45 milhões de discos pelo mundo, tornando-se o primeiro latino-americano a vender 1 milhão de discos nos Estados Unidos com o hit “Happy Birthday my Darling” (1974).
Ao longo da carreira, foi presença frequente em programas de auditório da TV brasileira, como a “Discoteca do Chacrinha”, apresentou-se ao lado de artistas de renome como Julio Iglesias e Tony Bennett e fez shows no Carnegie Hall e no Madison Square Garden, em Nova York. Convertido à religião evangélica, ele se dedicou à música gospel a partir dos anos 1990.
Debilitado desde 2003, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o fez perder a visão de um olho e o colocou em uma cadeira de rodas, Ned também sofria de diabetes, hipertensão arterial e de um Mal de Alzheimer em fase inicial.
Antes de dar entrada no hospital, ele estava internado desde a véspera do Natal em uma casa de repouso.
Ned foi cremado na noite deste domingo no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Alguns hits de Nelson Ned
– “Tamanho Não É Documento” (1969)
– “Domingo à Tarde” (1969)
– “Não Tenho Culpa de Ser Triste” (1969)
– “Tudo Passará” (1969)
– “Happy Birthday My
Darling” (1974)
– “Será, Será” (1975)
– “Caprichoso” (1984)