Ana Cañas canta Cazuza, Billie Holiday e Edith Piaf em DVD

Com mais de dez anos de carreira, Ana Cañas soma três álbuns e uma forte trajetória na noite paulistana. O quarto disco é “Coração Inevitável”, seu primeiro registro ao vivo, que ganha lançamento nesta sexta e sábado no Sesc Belenzinho (r. Pe. Adelino, 1.000, tel.: 2076-9700; às 21h30; R$ 35).

Ney Matogrosso dirige esse show. Por que ele?

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A ideia surgiu um ano e meio atrás, após o lançamento do disco “Volta”. Estava com vontade de ter um show dirigido, com uma concatenação de ideias, mas sentia dificuldade de fazer isso só. Queria explorar feminilidade, sensualidade, e a vida me levou para o Ney. Sou bicho de palco, queria alguém que vivesse isso como eu. Pensei que não fosse aceitar o meu convite.

“Coração Inevitável” – Ana Cañas – Som Livre | R$ 40 (DVD) – R$ 26 (cd)

O repertório tem músicas próprias, mas muitos clássicos de seus ídolos…

Sou muito pautada pelo que me pega visceralmente. O que norteia meu repertório não é nada além disso. O único jeito de eu emocionar o público é eu me emocionando ao cantar a música.

O DVD é uma forma de mostrar esse seu lado visceral?

Sempre fui muito cobrada pelos meus discos não terem a energia dos meus shows. Gravar é um processo muito diferente de fazer show, não envolve essa comunhão. O DVD me dá um alívio de que as pessoas possam sentir isso.

Nando Reis faz uma participação. Como foi o convite?

Temos uma sintonia desde 2009, quando ele me convidou para gravar “Pra Você Guardei o Amor”. De lá para cá nosso afeto só cresceu. É um caminho natural e real.

No show, você recita poemas próprios. Por que explorar também essa seara?

É uma outra forma de expressão que venho desenvolvendo há alguns anos. Comecei a escrever poemas pensando em transformá-los em música. Mas aí pensei: e se eu os declamasse? Testei e foi dando certo. Acho que agregou.