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Banco mais antigo do mundo volta a registrar lucro

Após ter vivido a maior crise de sua história, o Monte dei Paschi di Siena (MPS), tido como o banco mais antigo do mundo ainda em operação, registrou lucro pela primeira vez desde 2016.

Segundo o balanço divulgado nesta sexta-feira (11), a instituição financeira fechou o primeiro trimestre de 2018 com resultado positivo de 188 milhões de euros, contra o prejuízo de 169 milhões de euros dos três meses iniciais de 2017.

O lucro se deve sobretudo ao crescimento de 20% na concessão de empréstimos e à emissão de títulos tendo como lastro sua enorme carteira de créditos deteriorados (24 bilhões de euros). «A minha humilde opinião é a de que viramos a página em relação a 2017», declarou o CEO do MPS, Marco Morelli. «Agora operamos como uma empresa normal», disse.

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Com o resultado, as ações do banco fecharam o pregão desta sexta-feira com alta de 17,6%, em 3,2 euros. Fundado em 1472, em Siena, o MPS ficou à beira da falência em 2017, devido à elevada presença de créditos deteriorados – empréstimos que dificilmente serão pagos – em sua carteira.

Outros bancos italianos viveram situação semelhante, mas o MPS era o mais exposto de todos, com um terço de seu portfólio tomado por ativos tóxicos. Para salvar a instituição, o Estado injetou 5,4 bilhões de euros e ficou com quase 70% das ações. No entanto, por determinação da União Europeia, terá de se desfazer da participação até 2021.

O plano de resgate também prevê milhares de demissões e a venda dos créditos deteriorados no mercado, para fundos especializados nesse tipo de investimento.

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