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Ovos de Páscoa chegam mais tecnológicos e a preços que vão a R$ 1,1 mil

Dário Oliveira / Folhapress

Os chocolates continuam doces e redondos, mas o apelo para ganhar o gosto do consumidor nesta Páscoa ganha mais tecnologia.

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Os ovos chegam oficialmente às prateleiras dos supermercados apenas após a Quarta-Feira de Cinzas, em 14 de fevereiro. Mas uma feira realizada na semana passada em São Paulo pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados) apresentou as novidades para a Páscoa e as projeções do mercado. A data será comemorada em 1º de abril neste ano.

A Lacta, maior produtora do mercado, aposta em ovos para o público infantil com aplicativo próprio e senhas para destravar funções como filtros para fotos e sintetizadores de voz. Já a Nestlé, que no ano passado relançou o Surpresa, sucesso com dinossauros da década de 1990, traz desta vez fones de ouvido com bluetooth para os novos adolescentes.

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Ao todo serão 130 lançamentos apresentados pelas principais marcas, que abusam de luzes, cores e personagens licenciados focados principalmente nas crianças.

Os fãs de chocolate devem se preparar para preços salgados. A expectativa das marcas é trazer produtos com valores até 8% mais altos que no ano passado, índice maior que a inflação oficial medida em 2017, de 2,95%.

“Cacau e manteiga, principais ingredientes do chocolate, tiveram aumento maior que a inflação. Mas nem todos os produtos terão este reajuste”, explica a gerente de marketing do Grupo CRM, detentor das marcas Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau, Maricy Gattai.

É a Kopenhagen quem traz para esta Páscoa o item mais caro entre as grandes marcas. O ovo especial para os 90 anos da marca tem cinco quilos de chocolate ao leite e bombons sortidos e sairá por R$ 1,1 mil.

Mas se seu bolso pede opções bem mais modestas, pode manter a calma. As fabricantes continuam a investir em produtos pequenos e preços bem mais baixos, como os miniovos da Nestlé e o kit com três bombons da Ferrero Rocher, por R$ 9,90 cada um.

“As empresas aprenderam com a crise. Hoje temos  opções tanto para quem tem menos poder aquisitivo como para quem busca presentes especiais. É possível ver também que o consumidor  aprendeu a gostar de algumas marcas e tem buscado esse produto”, afirma o vice-presidente da Abicab, Afonso Champi.

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