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Elite representa 30% dos que frequentam a 25 de Março, em São Paulo

Paulo Pinto/Fotos Públicas

é muito comum classificar a 25 de março, rua de comércio no centro da capital, como destino de compras das classes populares. Mas estudo divulgado ontem pela Serasa Experian veio para mostrar uma face pouco conhecida da rua: 28,9% dos visitantes são pessoas com alto padrão econômico.

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Realizada entre fevereiro e agosto deste ano, a pesquisa avaliou dados de 26.808 dispositivos móveis da capital. Apesar de a maioria (29,4%) dos frequentadores da região ser de adultos de até 35 anos que moram na periferia, o levantamento revela que o segundo maior grupo de visitantes é formado pelas  “elites brasileiras”, compostas por adultos acima de 30 anos, com alta escolaridade e bem-empregados e que representam 17,9% do total.

Em terceiro lugar (12,6%) estão trabalhadores com baixa remuneração, seguidos por outro grupo com bom padrão de vida: moradores de áreas urbanas, com mais de 50 anos e com bons empregos, que são 11% do total de visitantes – que, com a “elite”, formam os quase 30%.

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Para o diretor de inovação da Serasa Marcelo Pimenta,  o estudo prova que “o estereótipo de que a 25 é um ponto para pessoas simples está errado”. Descobrir que a elite frequenta a região foi “uma surpresa”, segundo o especialista, mas “algumas coisas se confirmaram, como o fato de que pessoas vêm de outras cidades para fazer compras”.

Pimenta chama atenção para o tempo que os consumidores permanecem na região: 75% das visitas dura no máximo uma hora. “A 25 é um lugar de ir direto ao ponto. Quem quer experimentar produtos sem pressa em geral vai a lojas especializadas ou a shopping centers, onde há espaço para sentar, tomar café, passear”, afirmou. 

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