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Maioria usará 13º salário para pagar dívidas

Marcos Santos/USP Imagens

O pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia brasileira este ano, um crescimento de 4,7% sobre o ano passado. O valor previsto corresponde a cerca de 3,2% do PIB do país, informou ontem o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

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Cerca de 83,3 milhões de brasileiros devem receber o dinheiro extra. Em média, cada trabalhador receberá cerca de R$ 2,25 mil.

Pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) com 1.045 consumidores mostra que a  maioria  (85%) pretende utilizar o 13º para o pagamento de dívidas já contraídas. O número representa um aumento de 4,94% sobre 2016.

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Ao mesmo tempo, houve uma redução de 33,3% no percentual de consumidores que pretendem poupar parte do que sobrará de seu 13º para as despesas de começo do ano. “Isso se deve ao fato de que com o maior endividamento das famílias a maior parte dos recursos serão destinados ao pagamento de dívidas, o que reduz o volume de recursos que sobram para aplicações financeiras”, afirma Miguel José de Oliveira, diretor de pesquisas da Anefac.

A maior parte dos consumidores (94%) tem dívidas contraídas no cheque especial e no cartão de crédito. O cartão de crédito é a linha com maior peso, com 51% do total dos entrevistados, alta de 6,25% sobre 2016. Já o cheque especial foi citado por 43% dos entrevistados, uma elevação de 4,88% sobre 2016.

A Anefac recomenda o uso do 13º para o pagamento de dívidas, principalmente as mais caras, como cartão de crédito e cheque especial. Quitadas as dívidas, o consumidor deve tentar reservar os recursos necessários para as despesas de começo do ano, além das compras de Natal. Outra dica é antecipar as compras de Natal. “Quanto mais próximo das festas deixar para comprar, mais caro os produtos ficarão”, diz. 

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