As negociações salariais resultaram em reajustes acima da inflação pelo quarto mês consecutivo. Em maio, o aumento nominal foi igual ao de abril (5,0%), mas com a queda da inflação, o ganho real se ampliou de 0,4% em abril para 1%.
Segundo a pesquisa Salariômetro da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), apenas 4,1% dos reajustes ficaram abaixo da inflação no mês passado, ante 11,8% em abril. Em maio de 2016, esse índice ficou em 47,4%.
“A previsão da inflação futura continua em queda, indicando a continuidade dos ganhos reais”, afirmam os economistas da Fipe. Segundo estimativas de analistas consultados pelo Banco Central, a inflação em 12 meses deve seguir em queda até setembro, quando a variação do INPC chegará a 2,69%.
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Entre as categorias, os maiores ganhos reais foram dos trabalhadores de condomínios e edifícios, 1,42%, seguidos por bancos e serviços financeiros (0,44%), limpeza urbana, asseio e conservação (0,42%) e estacionamentos e garagens (0,41%). As maiores perdas são dos empregados de extração e refino de petróleo (-4,62%), de empresas jornalísticas (-1,11%) e de comércio de derivados de petróleo (-1,05%).
A mediana dos pisos negociados em maio foi R$ 1.127, 20% maior que o salário mínimo, de R$ 937. Nas convenções coletivas, o piso mediano foi R$ 1.081, enquanto nos acordos coletivos atingiu R$ 1.155.
A pesquisa mostra ainda que o número de acordos de redução de jornada e salários caiu 77% no acumulado do ano. De janeiro a maio de 2017, foram registrados apenas 34 acordos, ante 151 no mesmo período do ano passado.