O fim do serviço e-Sedex dos Correios pode elevar o custo do frete em compras pela internet em algumas regiões do país. Segundo o vice-presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), Rodrigo Bandeira, o aumento vai depender de cada varejista.
Criado em 2000, o e-Sedex, que foi encerrado ontem pelos Correios, era o serviço de encomenda expressa para produtos adquiridos pela internet e com até 15 kg. Utilizado principalmente por pequenos e médios varejistas, ele custava cerca de 20% menos que o Sedex tradicional. O preço do frete representa de 7% a 12% do valor pago de um produto adquirido pela internet, segundo a ABComm.
Bandeira diz ainda que a entrega pode ficar mais cara para a loja virtual, exigindo um valor de seguro maior, de acordo com as condições de segurança de cada região. “Essa conta vai para o consumidor ou para empresário que pode absorver o custo para não perder clientes”, diz.
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No entanto, Bandeira pondera que o e-Sedex atendia apenas 250 cidades e minimiza os impactos do fim do serviço no comércio eletrônico. “Não é o fim do comércio eletrônico, que utiliza o serviço dos Correios, mas também de transportadoras privadas. Além disso, os Correios não acabariam com uma modalidade que representa mais de 60% do que é transportado pela empresa”, argumenta.
Em crise, os Correios vêm anunciando a intenção de extinguir o e-Sedex desde o ano passado. A empresa afirma que o serviço foi descontinuado em virtude da aprovação de uma nova política comercial e que prossegue ainda com a implantação do novo serviço Correios Log – Comércio Eletrônico.
“Mantendo o compromisso de transparência com os seus clientes, os Correios reforçam a parceria com o comércio eletrônico, e afirmam que continuarão a ser a empresa mais acessível ao e-commerce em todo o Brasil”, diz a nota.