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Governo avalia ampliar faixa de isenção do IR

O presidente Michel Temer confirmou que o governo pode aumentar a linha de corte para isenção do Imposto de Renda. O peemedebista conversou ontem com jornalistas de rádios, em Brasília.

Questionado pela BandNews FM sobre a possibilidade de uma nova medida da chamada agenda positiva, como aconteceu com a liberação dos saques das contas inativas do FGTS, Temer disse que o assunto está em análise, mas garantiu que, “se possível”, ela será adotada.

“Se você aumenta a faixa de isenção do IR, está permitindo que muita gente possa economizar no pagamento do tributo para investir, aplicar”, resumiu. O presidente disse que o governo já nota um crescimento nas compras no setor do varejo, fato que, na avaliação do Planalto, está atrelado à liberação das contas inativas do FGTS.

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Temer reconheceu, no entanto, que a alteração na tabela de IR é uma mudança “complicada”. “Seria útil, mas é uma coisa complicada. Eu reconheço que é complicado”, disse Temer, acrescentando que analisaria “com muito cuidado” a possibilidade, mas que não tem um prazo para decisão.

O limite de renda mensal da atual faixa de isenção do IR é de R$ 1.903,98. A última correção da tabela foi feita em 2015. Segundo reportagem publicada na edição de ontem do jornal “Valor Econômico”, a proposta que circula em um grupo restrito no governo, dobra a faixa de isenção do Imposto de Renda, para R$ 4 mil.

Segundo levantamento do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a tabela do IR está defasada em 83,12% desde 1996, considerando a inflação acumulada no período e as correções que foram feitas.
De acordo com o estudo, se a tabela fosse corrigida pela inflação acumulada, a faixa de isenção seria até R$ 3.460,50.

Reforma trabalhista
Temer também falou sobre a reforma trabalhista, defendendo que o Senado não altere o que foi aprovado na Câmara. Segundo o peemedebista, o texto não retira direitos do trabalhador, apenas “flexibiliza” a CLT.

“É preciso que o governo examine se é ou não o caso de modificação. Se for, em comum acordo com o Congresso Nacional, editaríamos uma Medida Provisória. Mas precisamos dar tempo para a discussão ampla que vai se fazer no Senado Federal”, finalizou.

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