Os alimentos e bebidas ficaram mais caros e pressionaram a prévia da inflação oficial em outubro. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 subiu 0,48% neste mês, após registrar alta de 0,39% em setembro.
Com o resultado, a inflação atingiu 6,62% e permanece ainda acima do teto da meta do governo, de 6,5%. Em outubro, no entanto, o indicador mostrou desaceleração em relação ao IPCA fechado no mês passado, quando subiu 0,57% e chegou a 6,75% em 12 meses, maior patamar em quase três anos.
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Em outubro, o maior impacto no índice veio do grupo alimentação e bebidas, com alta de 0,69%, acelerando sobre o avanço de 0,28% visto no mês anterior.
A principal influência veio do preço das carnes, que subiu 2,38% em outubro. O aumento é atribuído aos preços da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo, que se aproximam da máxima histórica por conta da escassez de animais para abate. Além das carnes, outros itens apresentaram aumentos significativos em seus preços, a exemplo da cerveja (3,52%), do frango (1,75%) e do arroz (1,35%), diz o IBGE.
Já o grupo habitação teve impacto de 0,12 ponto percentual no IPCA-15 de outubro, com alta de 0,80% no período. Na ponta oposta, o grupo transportes viu sua alta desacelerar em outubro a 0,25%, frente a 0,45% em setembro.
Mesmo com a política de juros altos do Banco Central e com a fraca atividade econômica, que entrou em recessão no primeiro semestre, a inflação vem se mantendo há meses acima do patamar de 6%. Para economistas de instituições financeiras consultados pelo BC, o IPCA deverá encerrar este ano a 6,45%.