O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu, pela sexta vez, a projeção de crescimento econômico do Brasil em 2014. Em seu relatório “Perspectiva Econômica Global”, o organismo internacional estima que o PIB do país vai expandir apenas 0,3%, ante 1,3% projetado em meados do ano. Foi a maior revisão para baixo entre as projeções de desempenho das 14 maiores economias do mundo feitas pelo Fundo.
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O corte aconteceu depois que o Brasil entrou em recessão no primeiro semestre, com forte retração nos investimentos e na indústria. Entre os motivos para a desaceleração da economia, o FMI aponta “a fraca competitividade, baixa confiança empresarial e condições financeiras mais apertadas”.
O Fundo vê recuperação moderada da atividade em 2015 “conforme as incertezas políticas que cercam as eleições presidenciais deste ano se dissipam”. Para o ano que vem, a projeção foi reduzida em 0,6 ponto percentual, a 1,4%.
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, classificou como “um pouco pessimista” a previsão do FMI e voltou a culpar o cenário externo pelo baixo crescimento. A projeção do Ministério da Fazenda é que o PIB suba 0,9% este ano. Economistas consultados pelo Banco Central veem expansão de 0,24% do PIB neste ano, e de 1% em 2015.
Para o ministro, diferentemente do que diz o FMI, fatores externos predominam para explicar a situação da economia brasileira. Mantega disse ainda que parte da desaceleração se deve à falta de crédito resultante da política monetária contracionista adotada para controlar a inflação. E previu que o país teve “um bom crescimento” no terceiro trimestre.
O FMI também cortou suas contas sobre a expansão das economias emergentes neste ano e no próximo, a 4,4% e 5%, respectivamente. Até então, via alta de 4,6% e 5,2%.
Para a economia global, as previsões também estão mais pessimistas: expansão de 3,3% neste ano e 3,8% no próximo. Em julho, o FMI esperava crescimento de 3,4% e 4%, respectivamente.
Ministro não irá à reunião
O ministro não participará da reunião do FMI nesta semana devido ao segundo turno das eleições. Participarão do encontro o secretário de Assuntos Internacionais do ministério, Carlos Márcio Cozendey, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.