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Ministro da Fazenda diz que economia brasileira é sólida

A economia brasileira é sólida e tem condições para manter sua atual classificação de crédito, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em teleconferência com analistas estrangeiros.

«Vi várias análises equivocadas que colocam o Brasil como uma das economias mais frágeis», disse Mantega, questionado sobre a análise que consideraram a maior economia sul-americana como uma das mais afetadas pela volatilidade internacional.

«Temos um volume elevado de reservas, uma dívida externa de curto prazo que é uma das menores, solvência e uma situação financeira cômoda», destacou.

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O ministro afirmou que já teve o retorno de duas agências de classificação de risco que «aparentemente» receberam bem os anúncios feitos pelo governo sobre um corte do gasto no orçamento de 18,6 bilhões de dólares e uma meta de superávit fiscal primário (economia do gasto para pagar juros da dívida) de 1,9% do PIB para este ano.

«Acreditamos que o Brasil tem condições de manter a solidez das contas públicas e uma trajetória de crescimento, do investimento e da economia, de modo que nosso rating (nota de crédito) deva se manter nas condições atuais», disse Mantega, consultado sobre a possibilidade de que a classificação de risco possa rebaixar a nota brasileira.

Mantega afirmou aos analistas internacionais que seu governo está comprometido em cumprir essa meta de superávit primário, inclusive se surgirem gastos inesperados.

«Para nós é mais importante manter a solidez fiscal que fazer uma política de estímulos econômicos», disse a um mercado que reivindica do governo precisamente menos gasto público e mais solidez fiscal.

O ministro afirmou que ainda é cedo para saber se o país terá gastos adicionais na conta de eletricidade devido ao baixo nível de água nas hidroelétricas, mas que o governo já tem 4 bilhões de reais previstos para isso no orçamento, se for o caso.

O governo brasileiro reduziu na quinta-feira a previsão de crescimento da economia brasileira de 3,8% a 2,5% para este ano, e também da inflação, que se situaria em 5,3%.

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