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Plano de saúde pode ter reajuste de até 9,04%

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) limitou em 9,04% o índice de reajuste para os planos de saúde individuais e familiares contratados a partir de janeiro de 1999. O aumento atinge 8,4 milhões de pessoas, que representam 17,6% dos clientes de planos no país.

O percentual superou a inflação acumulada em 12 meses até junho, de 6,7%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). É também o maior reajuste autorizado desde 2005, quando o limite foi de 11,69%. No passado, a ANS definiu um teto de 7,93%.

A ANS salienta que o reajuste dos planos não é comparável com índices gerais de preço. O cálculo considera a frequência de utilização de serviços, a incorporação de novas tecnologias e os custos de saúde. “É importante deixar claro que a ANS não determina o percentual que deve ser aplicado. A agência define o limite máximo e as operadoras podem aplicar qualquer percentual até esse teto”, disse a gerente-geral da área econômica de produtos da ANS, Rosana Neves.

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A autorização do reajuste é aguardada desde maio pelo setor. Como depende também do aval do Ministério da Fazenda, o índice saiu só agora e pode ser aplicado a partir da data de aniversário de cada contrato. Os planos estão autorizados, porém, a cobrar o valor retroativo caso a defasagem entre a aplicação e a data de aniversário seja de, no máximo, quatro meses.

Na avaliação da Proteste, o reajuste vai comprometer o orçamento das famílias brasileiras. A entidade destaca que o impacto será maior para quem tem data base de reajuste em maio, pois por três meses terá de pagar a diferença retroativa, devido ao “atraso” da ANS.

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