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Novo disco de Janelle Monáe mistura setentismo e rap para exaltar o feminino

Elogiada co-protagonista de “Estrelas Além do Tempo” (2016), Janelle Monáe vinha, nos últimos anos, sendo mais reconhecida como atriz do que como cantora – ramo artístico onde alcançou o estrelato em 2010, mas sem lançar novidades desde 2013.

No entanto, com a chegada de “Dirty Computer”, seu novo álbum, Janelle se prova não só além de seu tempo, mas atemporal: o CD, um dos melhores do ano até agora, é uma excelente crítica do presente, feita usando a base da tradição setentista da música, e com um evidente olhar voltado ao futuro.

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O álbum prova que a evolução de Monáe como artista não ficou estagnada nestes últimos cinco anos. Inclusive sua ligação com o audiovisual fica evidente neste trabalho. “Dirty Computer” ganhou um filme que reúne clipes para todas as 14 canções do álbum e que traduz em imagens a mesma estética do álbum – disponível no YouTube, o filme com 48 minutos de duração já tem mais de 1 milhão de visualizações.

O filme conta a história de um futuro distópico em que todos são androides e no qual computadores sujos (ou seja, fora dos padrões sociais) são levados para uma limpeza de memória. A crítica social é bastante evidente.

A cantora faz uma defesa das minorias, em especial das de gênero (recentemente Monáe passou a se identificar como pansexual) e das mulheres. A canção “Django Jane”, por exemplo, uma das melhores do álbum, tem um “monólogo da vagina” – bastante visual no filme do álbum.

Não há nenhuma canção ruim em “Dirty Computer”, embora seja possível apontar destaques. “Make me feel”, single de divulgação que teria caído como uma luva para Michal Jackson, é um dos pontos fortes evidentes. “I Got the Juice”, parceria com Pharrell Williams, também é um destaque, embora menos dançante que as anteriores.

A canção que fecha o disco, “Americans”, foi inspirada em um discurso de Barack Obama. O pop de discoteca pretende ser uma alento de esperança para este futuro obscuro que Monáe prevê.

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