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Jô Soares volta ao teatro de grupo em peça em que plateia faz papel de júri

Pouco mais de um ano depois de dar adeus à bancada de seu longevo talk show na Rede Globo, Jô Soares deixa pouco a pouco o descanso de lado para se voltar a outros tipos de trabalho.

Após lançar a primeira parte de sua “biografia desautorizada”, ele se prepara agora para voltar aos palcos na peça “A Noite de 16 de Janeiro”, que estreia hoje no Tuca.

A montagem do texto de Ayn Rand (1905-1982) marca o retorno do artista ao teatro de grupo desde “Tudo no Escuro”, de 1976.

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“Dirigi praticamente todos esses atores em ‘Tróilo e Créssida’. Quando vi esse grupo formado, pensei: ‘não quero mais sair disso!’. Atuar seria uma forma de estar integrado a eles”, explica Jô, que celebra seus 80 anos com a peça.

Além de cuidar da direção de “A Noite de 16 de Janeiro”, Jô também vive o juiz responsável pelo júri de 12 pessoas convocadas na plateia.“A produção chamou amigos para o júri das primeiras apresentações, mas esperamos que as pessoas peçam para fazer parte na bilheteria”, diz o ator.

Cabe a elas definir se Andrea Karen é culpada ou inocente do assassinato de seu amante, o empresário Bjorn Faulkner, a partir dos depoimentos das testemunhas, vividas por atores como Cássio Scapin e Tuna Dwek. Isso faz com que a peça tenha dois finais possíveis, alterados a partir da decisão dos “jurados”.

“Em vez de elucidar, cada nova testemunha gera mais dúvida. É um desafio para o público montar o quebra-cabeça para julgar o que aconteceu”, diz Marco Antônio Pâmio, que interpreta o promotor de acusação.

Jô destaca ainda a atualidade do texto, de 1934. “Todas essas armações e canalhices que vemos hoje já existiam ali. Sei que vai ter dias em que vou achá-la culpada e, em outros, inocente. Mas tenho certeza que o final vai ser um susto”, conclui ele.


Serviço:
No Tuca (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, tel.: 3670-8455). Estreia hoje. Sex., às 21h30; sáb., às 21h; dom., às 19h. R$ 100. Até 9/12.

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