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Lady Bird: diretora Greta Gerwig fala sobre sucesso do filme indicado ao Oscar 2018

Gabriel Olsen/Getty Images for AARP

Greta Gerwig se define mais como roteirista que como diretora, porém foi essa segunda atividade que a fez ser considerada uma das mulheres com mais sensibilidade no cinema atual. Aos 34 anos, ela foi indicada ao Oscar de melhor direção por “Lady Bird – A Hora de Voar”, que estreia nesta quinta-feira (15).

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Indicado a outros 4 prêmios, o longa é uma história de formação protagonizada e contada por mulheres. Christine (Saoirse Ronan) é uma jovem amorosa e obstinada que se revela exatamente igual à própria mãe (Laurie Metcalf), apesar de lutar contra isso.

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Em meio ao frenesi que antecede a cerimônia do Oscar, marcada pra 4 de março, Greta falou ao Metro Jornal sobre o cinema que ela busca.

Você se sente próxima ou distante do feminismo?
O problema de hoje é que há excessos [em relação ao tema]. Creio que para sintonizar com o feminismo moderno é preciso encontrar a forma correta de combater e transformar o machismo. Homens seguem sendo líderes em todo tipo de profissão, mas sinto que estamos provocando mudanças, mesmo que ainda falte muito o que fazer.

Onde você estava quando recebeu a notícia de sua indicação ao Oscar?
Em Los Angeles! Tentei me levantar cedo para acompanhar, mas não consegui (risos). Acordei tarde e recebi a notícia pelo telefone. Minha primeira reação foi chorar. Depois ri e, ao fim, gritei. Continuo em choque.

A maioria de seus personagens como atriz foram em comédias. Como isso influenciou “Lady Bird”?
Gosto de extrair coisas boas das coisas que não são tão boas. “Lady Bird” tem humor salpicado com drama.

Ter uma mulher reconhecida em algum campo influencia os demais?
Levando em conta o tempo em que vivemos, acho que influencia, sim. Estamos em uma momento em que as mulheres já não querem permanecer em silêncio e estão levantando a voz. Soube há pouco que sou a quinta mulher a figurar na lista de melhores diretores dos prêmios da Academia em 90 anos.Já dá para imaginar, portanto, tudo o que essa indicação traz consigo. Quer eu ganhe ou não, isso já é um triunfo.

“Lady Bird” explora essa relação entre mãe e filha que é tão difícil de explicar. Foi complicado?
Devo confessar que “Lady Bird” é quase a transcrição de meus diários de adolescência. Cresci em Sacramento e frequentei a escola católica antes de fugir para o outro lado do país. Foi difícil expor na tela grande as mudanças dessas duas mulheres, desses processos internos e físicos, suas cargas emocionais, mas, graças a Saoirse Ronan e Laurie Metfcalf, consegui.

Veja o trailer do filme:

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