No mundo da música, certamente há prêmios mais famosos e prestigiados que o Polar Music Prize, entregue neste ano à banda americana de heavy metal Metallica.
Mas nem os Grammys ou Billboard Music Awards – para citar alguns – podem reivindicar a alcunha de ser o «Nobel da Música», um apelido que reflete tanto o objetivo quanto as origens suecas do Polar.
Nascido em 1989 graças a uma doação feita pelo produtor e representante do grupo musical sueco Abba, Stig «Stikkan» Anderson, para a Real Academia Sueca de Música, o prêmio reconhece ações excepcionais no âmbito musical.
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Seu nome é uma homenagem à Polar Music, uma das gravadoras de Anderson, que fechou em 1997. Mas o prêmio também segue um formato muito semelhante ao do Prêmio Nobel.
Assim como acontece com o Prêmio Nobel, o Polar Music Prize anuncia antecipadamente os vencedores, mas é entregue na Suécia vários meses depois.
O Metallica receberá o dele na presença do rei sueco, Carl Gustaf 16, em uma cerimônia no dia 14 de junho.
Dois vencedores
A banda de heavy metal será a primeira do gênero a receber o Polar Music Prize.
Mas o Metallica não será o único vencedor do dia, pois todos os anos são entregues dois prêmios diferentes: um para artistas pop ou rock e outro para música clássica ou jazz.
Nesta edição, o Instituto Nacional de Música do Afeganistão e seu fundador, Ahmad Sarmast, ganharam o prêmio de um milhão de coroas suecas (R$ 410 mil) na segunda categoria.
A instituição de Sarmast ensina crianças pobres a tocar instrumentos em um país onde a música foi banida entre 1996 e 2001, durante o regime talibã.
No passado, o Polar Music Prize já reconheceu artistas como Paul McCartney, Pink Floyd e Björk.