Martinho da Vila é desses sambistas tão identificados com sua escola de samba que incorporou parte do nome dela à sua própria alcunha artística.
Essa devoção está destilada do começo ao fim no recém-lançado álbum “Alô Vila Isabeeeel!!!”, no qual o compositor se propõe a contar a história do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.
Inédita, a primeira das 13 faixas entrega, de cara, a própria fundação da agremiação. “Quatro de Abril” se volta aos primórdios da escola, em 1946, sob a batuta do lendário Seu China.
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Já “Sempre a Sonhar” evoca personalidades históricas, como Gilda Pretinha, seu Eurico e o Birica – primeiro compositor da Vila – para fazer uma ode aos anos de esforço da escola por um título que demorou a vir – o primeiro no Grupo Especial foi conquistado apenas em 1988.
Inspiração para a criação da Branco e Azul, Noel Rosa (1910-1937) também é reverenciado pela faixa “tripla” composta por “Palpite Infeliz”, “Feitiço da Vila” e “Alô, Noel”, com participação de Claudio Jorge e da Velha Guarda Musical de Vila Isabel.
O álbum abre ainda espaço para um pout-pourri com um clima de roda de samba, reunindo trechos de músicas como “Um Barraco na Vila”, “Feliz da Vila”, “Filho da Vila”, “Isabel” e “Vilancete”.
O espírito de confraternização é ressaltado pelo desfile de colaborações. Martinho canta ao lado das filhas Mart’nália (“Segunda Opção”) e Maíra Freitas, entre outros nomes marcantes para a agremiação.
O lançamento de “Alô Vila Isabeeeel!!!” será coroado nesta segunda-feira, quando o sambista completa 80 anos em pleno Sambódromo, com a escola, no desfile sob o enredo “Corra que o futuro vem aí”.
Sambista vira apresentador em filme
Martinho da Vila convida o público a uma viagem por seu gênero musical favorito no documentário “O Samba” (2015), do francês Georges Gachot, lançado agora em DVD.
No filme, o cantor passeia por algumas das principais manifestações desse estilo musical, passando pelo carnaval, o ritmo em suas variações e os causos de décadas de carreira do próprio Martinho da Vila.
Apesar de estrangeiro, Gachot tem credenciais para se apropriar de uma sonoridade tão brasileira. Ele é autor dos filmes “Maria Bethânia, Música É Perfume” (2005) e “Rio Sonata” (2010).