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Justin Timberlake escorrega ao deixar o pop para apostar em country, R&B e hip hop

Elogiado por seu pop eletrizante, repleto de fusões e referências que encheram as pistas de hits nos últimos 15 anos, Justin Timberlake parece ter errado a mão com “Man of the Woods”, lançado na última sexta-feira.

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Este é o quarto álbum solo do artista desde sua saída da boy band N’Sync, em 2002. Nele, Timberlake se propõe a misturar suas memórias afetivas interioranas, de um jovem crescido no Estado do Tennessee, com suas raízes musicais, calcadas no pop – daí o título do disco, algo como “homem do mato”.

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Para isso, ele se voltou para as sonoridades da música country e do folk, contando com a parceria de Chris Stapleton, um dos principais expoentes atuais do gênero. Com ele, criou faixas como “The Hard Stuff”, “The Morning Light” – com participação de Alicia Keys – e “Say Something”, na qual os dois fazem dobradinha nos vocais.

Isso significa a adição de elementos na música de Timberlake, como gaita, violão dedilhado e coro com referência gospel.

Em paralelo a isso, o cantor volta a trabalhar com produtores responsáveis por alguns de seus melhores trabalhos, como Timbaland e Pharrell, que liquidificaram essas novas referências em meio a um caldeirão de R&B e hip hop.

Talvez para dar um ar de homem maduro ao trabalho, Timberlake colocou ainda falas da própria mulher, a atriz Jessica Biel, e o filho pequeno, Silas, entre as faixas.

O resultado – confuso, longo e irregular – foi massacrado pela crítica. O que se salva são faixas como os singles “Filthy” e “Supplies”, que não passam de mais do mesmo, frustrando expectativas.

A sensação é a de que, apesar da ânsia em inovar, Timberlake perdeu o faro de um pop orientado ao futuro, especialmente em um cenário que viu nascer sucessos bem mais redondos de nomes como Bruno Mars e The Weeknd.

A recepção negativa a “Man of the Woods” se soma à fraca participação do cantor no intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, no último domingo. Mesmo com uma homenagem a Prince (1958-2016), o show não empolgou. Com tudo isso, Timberlake põe em xeque o próprio título de rei do pop herdado por ele de Michael Jackson.

“Man of the woods” – Justin Timberlake 
Sony Music
Disponível em streaming

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