Entretenimento

Movimento contra assédio sexual Me Too chega à China, mas é censurado

O governo da China estaria agindo para evitar que o movimento «Me Too», que denuncia abusos e assédio sexual, ganhe espaço no país, de acordo com relatos de ativistas locais.

Recentemente, acadêmicos chineses foram demitidos de seus cargos por envolvimento em crimes sexuais, o que incentivou as mulheres do país a aderirem ao «Me Too», movimento criado nos Estados Unidos em meio às polêmicas de Hollywood.

Mas o governo chinês estaria impedindo o crescimento da campanha, postagens que tenham como conteúdo relacionado a denúncias de assédio ou abuso sexual. Diversas ativistas perceberam a censura, como a especialista em feminismo Leta Hong Fincher.

Recomendados

Leia mais:
Atleta relata abusos de ex-diretor de ginástica de trampolim dos EUA
David Copperfield nega acusações de abuso sexual

Em uma declaração ao jornal «The Telegraph», ela aponta que «o Partido Comunista está aterrorizado com as proporções virais do #MeToo entre as universidades chinesas». Atualmente, a China é comandada pelo Partido Comunista – conhecido por censurar diversos assuntos no país, como «democracia», «corrupção», «pornografia», «independência do Tibete» e «independência de Taiwan», dentre outras temáticas sensíveis.

Os meios de comunicação que divulgam essas informações também são notificados. Outras ativistas informaram que mais de 10 universidades chinesas foram alertadas a não atrair tanta atenção às denúncias das alunas.

O movimento contra o assédio ganhou força na China quando dois professores da Universidade de Beijing foram acusados de abuso. Quem apresentou as denúncias foi a engenheira de software Luo Qianqian, ao publicar em seu blog uma acusação de abuso sexual cometido pelo professor Chen Xiaowu. O professor Xue Yuan também foi acusado de moléstia pelo mesmo site.

Quando o #MeToo emergiu nos Estados Unidos, alguns veículos chineses apontaram que os casos de abuso cometidos pelo produtor Harvey Weinstein eram «diferenças culturais», e que, na China, tais atos não necessariamente seriam considerados como violência sexual.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos