“O mesmo desespero a desesperar. A mesma alegria a alegrar”, diz Cícero em um verso de “A Cidade”. A música é o single de divulgação do quarto álbum de inéditas do cantor, mas funciona como um resumo perfeito do recém-lançado “Cícero & Albatroz”, no qual Cícero anda ora no céu, ora no inferno.
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Ao longo de 10 faixas, o cantor carioca apresenta letras de grande força poética que nem sempre são captadas em uma primeira audição.
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Essa dificuldade de acompanhar a letra tem uma boa razão: a qualidade sonora do instrumental, que é feito pela banda Albatroz. O grupo é um coletivo formado por Bruno Schulz, Uirá Bueno, Gabriel Ventura, Cairê Rego e Felipe Pacheco – de bandas indie como Baleia e Ventre.
O disco pode ser dividido, assim, em três blocos. As primeiras quatro canções (“Aurora nº 1”, “A Ilha”, “Não se Vá” e “À Deriva”) mantêm o clima ensolarado do disco anterior de Cícero, “A Praia” (2015).
A quinta faixa, “A Cidade”, marca uma transição nada suave para a melancolia, como uma queda em um precipício que afunda mais em “Velho Sítio”. A recuperação, ainda chorosa, começa em “A Rua mais Deserta”.
A terceira fase do álbum, mistura nas últimas três músicas a alegria e o desespero, começa na explosiva “A Grande Onda”, a melhor canção do disco. Já “Aquele Adeus” é o exato oposto, sendo uma das mais tristes. O fim é com “Arco”, que mistura tudo, com um crescendo sentimental.
O disco, portanto, termina exatamente no ponto certo para voltar a ser ouvido, pois evoca justamente a alegria do início dele mesmo.