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Doctor Who: Peter Capaldi, o 12º Doutor, fala sobre a despedida da série

«Twice Upon a Time», episódio de «Doctor Who» que será transmitido no dia 25 de janeiro (no Brasil em salas de cinema do Cinemark), marca o fim de Peter Capaldi como o protagonista da série.

Pela última vez, o Senhor do Tempo fará mais uma transformação, mas desta vez para se tornar a primeira mulher da trama. A atriz britânica Jodie Whittaker (de «Broadchurch» e «Black Mirror») é quem vai assumir o papel principal da atração e promete grandes mudanças.

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Durante a Comic-Con San Diego deste ano, o Pop Séries! conversou com Peter e os roteirista Steven Moffat e Mark Gatiss, que também se despedem no show. O trio falou sobre a nova adição ao elenco, a suposta morte de Missy e o futuro de Doctor Who na televisão mundial. Confira abaixo.

Por que você acha que era o momento certo de trazer uma mulher ao papel principal da série?
STEVEN MOFFAT – Acho que é divertido, mas do que tudo que já tenha acontecido. Acredito que por isso transformar o Doutor em Missy foi algo popular e faz as crianças se perguntarem o porquê isso não aconteceu antes. Acho que a audiência está hoje preparada para essa ideia. Mas essa decisão não foi nossa, foi de Sydney Newman.

MARK GATISS – Parece fantástico, não sei porque demorou tanto tempo. Acho extraordinário termos essa possibilidade.

PETER CAPALDI – Mas tenho que dizer, a primeira vez que vimos um Lorde do Tempo mudando de gênero foi com o comando de Steven. Então, temos muito o que agradecer a ele.

STEVEN MOFFAT – É interessante porque toda esta atenção foi gerada por vocês. A audiência e os fãs estão falando “ela é boa, gostamos dela”. Ninguém está correndo pelas ruas por conta disso, pelo contrário estão escrevendo artigos sobre o sucesso do anúncio de uma Doutora.

Peter, em seus dois últimos anos como protagonista, o que você trouxe ao papel?
PC – Eu não sei, acho que fiz o meu melhor. É muito bom quando temos um material incrível para trabalhar, ser supervisionado por Mark e Steven de maneira consistente e também conviver com um elenco bacana, como Matt Lucas, Michelle Gomez e Jenna Coleman. Eu tive momentos muito bons… tenho medo de admitir.

Quem voltará para 11ª temporada?
SM – Você terá que falar com o Newman. Eu só sei sobre o final do primeiro episódio, que é o de Natal. A partir daí, já não tenho mais conhecimento do que acontecerá na série. E eu não quero saber! Se você sabe, por favor não me conte.

Qual foi a maior lição que você aprendeu com Doctor Who?
PC – Como personagem, ele tem que fazer tudo. Ele tem que ser um palhaço, um mago, um acrobata, um cientista, um pai, um filho … ele é tudo, até um guitarrista. Se você é um personagem que tem acesso à viajem temporal, o seu conhecimento dos eventos e de como eles vão acontecer, o deixa muito difícil de interpretar. A melhor coisa de viver Doctor Who é que uma versão bem pessoal que damos a ele, os fãs do show tem uma relação muito emocional com esse mundo.

Missy percorreu uma longa jornada nos episódios passados. A nossa pergunta é: ela realmente está morta?
PC – Eu duvido muito… ela não estava morta da última vez. Eu estaria surpreso se isso acontecesse.

SM – Acho foi uma ótima última cena para ela e espero que a personagem retorne. Não acho que é uma contradição porque ela já morreu várias vezes. É uma das coisas mais legais de Doctor Who, ele sempre existe para o momento. Não nos preocupamos com o que aconteceu no passado.

Qual será o futuro do seriado nos próximos anos?
MG – Em 1977, houve um documentário sobre quem era o Doctor Who e eu me lembro que contava os minutos do relógio para assistir ao programa. Era o primeiro momento que transmitiam clipes antigos do show. E tinha uma questão sobre o que aconteceria no final da série. Acho que é inevitável que o show sai do ar novamente em algum momento é a natureza da televisão. Mas o fato dele voltar sempre com tanto sucesso, mostra a força desse personagem. Ele se reinventando novamente, porque é uma ideia excelente. Acho que o fato dele ser original, uma criação própria, é o que garante a sua longevidade. Com esperança, ele vai viver para sempre.

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