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Lô Borges fala sobre relançamento do Disco do Tênis: ‘É urgente e inovador’

O ano de 1972 foi marcante para Lô Borges. Então com 19 anos, ele foi coautor, ao lado, de Milton Nascimento do clássico “Clube da Esquina”. Logo depois, decidiu colocar no mundo o seu próprio trabalho homônimo, carinhosamente chamado de “Disco do Tênis” por causa do Adidas branco na capa.

Quarenta e cinco anos depois, ele relança a obra e toca, enfim, suas canções na íntegra, nos próximos dias 16 e 17, no Sesc Pompeia. Antes, no dia 15, às 19h30, o músico fala sobre a própria trajetória no encerramento da série “Em Primeira Pessoa”, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (r. dr. Plínio Barreto, 285; Bela Vista, tel.: 3254-5600, R$ 15).

Afinal, qual é a história capa do “Disco do Tênis”?
Eu estava tão estressado que não queria ser fotografado. Queria só que a ca§pa fosse um papel de pão escrito “Lô Borges”. (risos) Depois de muito insistirem, decidi fotografar o tênis. Mas não era só um tênis, era meu único tênis, para simbolizar que estava com o pé na estrada.

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Ele não teve show de lançamento…
Exatamente. Foi fundamental eu ter parado [depois das gravações]. Já tinha vindo do “Clube da Esquina”, depois ele. Foi um grande desafio. Eu tinha que fazer música de manhã, letra de tarde, arranjo de noite, gravando valendo. Foi tudo muito intenso e eu tinha só 20 anos! Não tinha intimidade com esse mundo e, quando acabou, eu estava pirado, anoréxico, querendo colo da minha mãe. E então fugi. Fui para Porto Alegre, depois Bahia, ser um pouco hippie. Eu queria fazer a música sobreviver dentro de mim.

Por que fazer esse show só agora?
Foi a hora certa. Há cerca de 10 anos me convidaram para tocá-lo na Virada Cultural, mas recusei, porque já pensava em algo especial para ele. Então, anos depois, conheci Pablo Castro, um músico incrível de Belo Horizonte, e ele reconstruiu o disco nos mínimos detalhes. No primeiro ensaio para o show fiquei viajando! Me senti como se estivesse no estúdio da Odeon, no Rio, em 1972. A energia desse disco está lá, 45 anos depois. É um álbum que não ficou datado. Ele é atemporal, urgente e inovador.

Serviço:
No Sesc Pompeia (r. Clélia, 93; tel.: 3871-7700). Dias 16, às 21h; e 17, às 18h. R$ 30. Vendas a partir desta terça-feira (5), às 17h30, no site sescsp.org.br.

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