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Exathlon Brasil: Superei um dos meus maiores medos, diz a eliminada Sul Rosa

A corredora de montanhas Sul Rosa nadou, nadou, morreu na praia e foi a oitava pessoa a ser eliminada do Exathlon Brasil, o reality show mais difícil da televisão. Indicada À Deriva por Jorge Goston, líder do grupo dos Guerreiros, a competidora desabou nos bastidores após a gravação de sua saída do programa.

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«Na verdade, não é que caiu a ficha. É que passa pela cabeça tudo que você construiu aqui dentro, tudo que você fez, o quanto você conseguiu crescer. Eu superei um dos meus maiores medos que era a água na última prova d’À Deriva. Sei que, fisicamente e psicologicamente, se fosse para eu continuar, eu estaria totalmente capacitada, mas é algo que não depende de mim», disse Sul em entrevista ao Portal da Band.

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«É algo maior que eu. O público é quem decidide e, infelizmente, decidiu pela minha saída. Eu fiquei um pouco triste até porque eu construí algo aqui dentro e eu queria ir mais adiante. Foi interrompido aqui, mas acredito que Deus sabe a hora para tudo e escreve certo em linhas tortas», completou.

Sul contou que sempre mostrou sua verdadeira personalidade da competição. «Desde quando eu entrei, eu fui eu mesma. Eu sou essa pessoa: a menina engraçada, brincalhona, às vezes chata, muito verdadeira e, acima de tudo, bastante honesta e competitiva. O que eu amo fazer é isso. Eu amo esporte e esporte é a minha salvação. Foi o que me trouxe paz, o que trouxe salvação para a minha vida», contou.

«E estar dentro desse programa, ter tido a oportunidade de participar, é como se eu pudesse ter revivido tudo que eu já passei na minha vida, mas de uma maneira diferente, opcional. A vida me preparou para isso. Não reclamei de dormir no chão, não reclamei de comer mal, de comer pouco, de estar limitada, longe da vida social, privada de tudo e de todos, de não lavar o cabelo – e olha que eu tenho um lance muito louco com o meu cabelo, porque eu amo meu black», continuou.

«A vida me preparou para esse momento. Toda vez que o Lacombe falava ‘Sul e Maurren’, ‘Sul e Ana’, ‘Sul e Alline’, eu respirava fundo e só fazia meu trajeto e diza para mim mesma: ‘A vida me preparou para isso. Do mesmo jeito que elas têm capacidade de ir lá e fazer, eu também tenho’. Eu respirava e não ia com medo. Eu só ia lá e fazia», explicou.

O próprio desempenho inicial no programa chegou a surprender Sul, que ficou individualmente invicta por muito tempo. «Eu me surpreendi porque eu pensava que ia ter muita dificuldade com a questão da mira, porque eu tenho astigmatismo e miopia. Eu comecei a usar óculos há um ano, mas não tive dificuldades de cara. Depois, meu desempenho foi dando uma acaída. Acredito que é consequência. O seu corpo começa a sentir toda a mudança. Mesmo assim, eu continuei com um desempenho legal», afirmou.

Aclamada pelas participantes Ana Tapajós e Maurren Maggi em sua saída, a corredora de montanhas disse que sempre prezou pelo respeito entre elas. «Eu tive pouco contato com os Heróis, mas eu sou muito comunicativa, brincalhona. Eu abraço todo mundo, eu acolho todo mundo. Talvez o meu jeito possa ter encantando elas. Eu sempre as respeitei muito. Lógico que tem alguns comentários, algumas rixas, mas faz parte. Nunca faltei com respeito com ninguém e, apesar de tudo, as minhas batalhas contra elas davam uma adrenalina muito louca. Para mim, que competia contra elas, para elas, que competiam comigo, e para quem estava em casa assitindo. Acredito que vou deixar saudades», garantiu.

«Uma coisa que eu sempre levei em todas as minhas competições, que eu aprendi desde criança, é que todos somos humanos. O esporte em si é caracterizado como algo de respeito, de carinho e de amor ao próximo. Eu sempre carreguei isso comigo. Independentemente se eu vou ter que disputar com outra pessoa ou se tem um prêmio de R$ 350 mil. Eu sempre entrei em todas com muito respeito e carinho. O que eu fico mais feliz é que eu estou deixando o Exathlon Brasil melhor do que eu era antes. Aqui só me provou o quanto eu sou forte e o quando você pode se adaptar e crescer», disse respirando fundo para não chorar. «Meu treinador vai me matar, eu sou muito chorona», afirmou.

Sul garante que também não mudaria muita coisa em sua trajetória no programa. «Acho que eu não mudaria nada. Eu consegui ser o melhor de mim aqui dentro. Só tentaria chorar menos [risos]. Cada pessoa nasce de um jeito: tem pessoas que nascem de um jeito mais largadão, tem pessoas que nascem com um jeito mais tranquilão, tem pessoas com perfil mais de liderança e eu sou mais acolhedora e chorona mesmo. Nem sempre o meu choro é de tristeza», explicou.

«Neste exato momento, é um choro de quem está impressionada. Eu não achava que iria sair. Eu considero que eu saí muito rápido. Não consegui atingir minha meta que era ficar até o dia 24, mas eu estou orgulhosa da minha trajetória aqui dentro. Mudou muito a minha vida. Eu dava muito valor a tudo que eu amo, a família, aos amigos, aos meus cachorros que eu estou morrendo de saudade, mas agora eu dou muito mais valor. Não consigo fazer uma comparação», contou.

«Antes de dormir, quando eu acordava, eu sempre fazia as minhas orações porque eu sou muito crente em Deus. Sempre entregava nas mãos de Deus e agradecia por todos os meus dias aqui dentro. Por tudo que ele deixou passar na minha vida. Pedia para ele proteger todos à minha volta, os meus conhecidos, os meus amigos, as pessoas que eu amo, as pessoas que eu não amo porque eu ainda não conheço e as pessoas que também não gostam de mim. A minha salvação é o esporte e o amor», completou.

Por fim, Sul agradeceu a torcida dos telespectadores. «Eu só tenho a agradecer a todos que torceram por mim, todos que vibraram a cada ponto que eu fiz desde o começo do programa. A todos que perderam um pouco do seu tempo, que foram assistir, vibrar. Agradeço muito de coração. Obrigada. O meu coração é de vocês», finalizou.

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