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Megadeth só não tem a mídia do Safadão, brinca o guitarrista Kiko Loureiro

No próximo dia 31 de outubro, o Megadeth se apresenta mais uma vez no Brasil e traz o guitarrista Kiko Loureiro para passear em casa. Morando em Los Angeles há alguns anos, o integrante mais recente da banda nasceu no Rio de Janeiro e morou toda sua juventude em São Paulo.

Ele relembrou sua entrada no Megadeth. «Sempre fui muito fã do estilo e da banda, vi algumas vezes ao vivo no Brasil, em 1991 no Rock in Rio e outras apresentações. Como guitarrista, sempre fui muito fã do Dave Mustaine e do Chris Broderick. A banda sempre foi influência para quem toca guitarra», contou.

«Eu já morava nos Estados Unidos, quando recebi uma ligação do baixista da banda. O dave me ligou, fui na casa dele e nem teve um teste. Achei que seria uma audição, mas foi mais uma conversa. Eles já conheciam meu trabalho através da internet. Alguns dias depois ele me ligou de novo e disse que me queria na banda», disse.

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Para Kiko, foi uma grande surpresa já que tinha até ensaiado algumas músicas para a suposta seleção, que nunca aconteceu. «Foi bem formal. Eu moro na Califórnia e eles ficam no Tenessee. Me mandaram passagem e reservaram hotel».

Desde 2015 com o Megadeth e no Angra desde a formação original, o guitarrista viveu grandes momentos como conhecer ídolos da infância, rodar o mundo e ir a premiações importantes como o Grammy este ano.

«Já estive em muitos festivais, mas sempre fui a banda que tocava a tarde. Agora estamos entre os mais importantes e a gente fica separados com os caras principais. Já vi muita gente que admiro desde criança», contou.

Como uma das maiores bandas de metal do mundo, eles já foram indicados diversas vezes ao Grammy. Mas, este ano foi a primeira vez que levaram o prêmio e Kiko estava presente. «O Grammy é uma coisa que nem os caras imaginaram, foram indicados 12 vezes e só ganharam quando o brasileiro entrou», brincou e confessou que foi uma das coisas mais legais que aconteceu até agora.

E a empolgação continua sobre outras experiências novas como tocar em uma das maiores arenas do mundo, ir a lugares diferentes do mapa, conhecer melhor os Estados Unidos e até ir a um talk show gravado no RockFeller Center. «Quando comecei a tocar na adolescência, meu sonho era tocar em bares de São Paulo e talvez no Via Funchal. Recentemente a gente tocou no Madison Saquare em Nova York».

Sobre o show em São Paulo, o músico apresentou uma ansiedade diferente do resto da banda: «Sempre tem a expectativa do meu lado particular de ir no Espaço da Américas porque eu cresci em Perdizes. É muito louco estar com o Megadeth em casa».

Questionado se levaria os colegas do grupo a algum lugar específico do Brasil, Kiko escolheu a cidade maravilhosa. «Eles já vieram bastante para São Paulo e conhecem bem, o negócio é churrascaria. Gostaria de levar eles nos pontos turísticos do Rio e contar algumas histórias, mas acho que não vai dar tempo».

Quando conseguem dar uma escapadinha dos compromissos, o guitarrista revelou que os americanos acabam buscando um sabor familiar e vão a um Starbucks. «Só quem viaja bastante e está cada dia em um lugar, entende o que é isso».

Em uma passagem mais antiga no Brasil, ele relembrou que já teve a oportunidade de falar um pouco sobre a nossa política: «Em Brasília eu pedi para o motorista dar uma volta a mais e expliquei como as coisas funcionavam».

Apesar de já se sentirem em casa por aqui, o heavy metal não é um estilo musical tão popular para o povo brasileiro. No entanto, Loureiro garante que o Megadeth tem um público grande e fiel. «Não temos a exposição do Safadão», brincou e complementou: «Mas temos o nosso espaço. A internet, por exemplo, tem as pessoas que seguem aquelas coisas que gostam. É uma banda importantissima pro nosso nicho».

«Hoje em dia você consegue passar batido do mainstream, Você consegue viver só no seu mundo pela internet. Eu mesmo não escuto sempre as novidade que surgem aqui em Los Angeles. Cada país tem a sua moda, não tem jeito», concluiu.

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