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Nova sede do Instituto Moreira Salles se transforma em templo da fotografia

Foram necessários quatro anos e R$ 150 milhões para que um pedacinho de terreno na avenida Paulista se transformasse nos nove andares da nova sede do Instituto Moreira Salles, que abre nesta quarta-feira (20) suas atividades com cinco exposições simultâneas.

“Estar aqui impõe uma imensa novidade. Quisemos que esse prédio fosse muito voltado ao visitante”, afirma o superintendente executivo da casa, Flávio Pinheiro.

Atuante desde 1992, com sedes em Poços de Caldas e no Rio, o IMS é fruto do apreço às artes de herdeiros do antigo Unibanco. Seu foco está, principalmente, na fotografia, mas há braços voltados à música, à literatura e ao cinema – os irmãos Walter e João Moreira Salles são cineastas.

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“Queremos ser um ponto de partida para discutir a imagem que produzimos, um tipo de comunicação que, principalmente na era digital, transborda para outros campos”, explica Lorenzo Mammi, curador de programação e eventos do IMS.

Ele destaca o papel da arquitetura do prédio – baseada na leveza e na transparência – para o favorecimento de conexões entre o que se vê nos diferentes andares. “Buscamos fornecer acessos diferenciados às obras focando tanto aquele que apenas visita a exposição quanto aquele que deseja se aprofundar no que viu a partir de um curso”, completa.

Recoberto de vidro, o projeto do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados provoca no visitante uma sensação de amplitude.

Além dos três espaços expositivos, há uma biblioteca com 15 mil volumes, estúdios para fotografia analógica e digital, espaço para cursos, uma livraria e o Balaio, restaurante assinado pelo chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó.

A programação de outras linguagens se espalha ainda pelo espaço térreo – onde haverá uma roda de choro neste domingo, às 16h –, e no cineteatro, que recebe no dia 26 um show em homenagem aos 120 anos de Pixinguinha.

Exposições de abertura

Robert Frank
Aos 92 anos, o suíço radicado nos Estados Unidos mostra pela primeira vez no Brasil a série “Os Americanos”, com 83 fotos de quando percorreu os EUA de 1955 a 1957, além do projeto “Os Livros e os Filmes”, em parceria com o editor Gerhard Steidl.

Instituto Moreira Sales

‘Corpo a Corpo’
A exposição propõe uma reflexão sobre o corpo como produtor e encenador da imagem a partir de obras de Bárbara Wagner, Coletivo Garapa, Jonathas de Andrade, Letícia Ramos, Mídia Ninja e Sofia Borges.

‘The Clock’
O suíço-americano Christian Marclay recebeu o Leão de Ouro na 54ª Bienal de Veneza, em 2011, por esta videoinstalação, na qual reflete sobre o tempo. Ao longo de 24 horas, a obra mostra uma colagem de cenas de filmes e TV que fazem referência ao horário do dia. De sábado para domingo, até 19/11, o IMS ficará aberto de madrugada para que a obra possa ser apreciada na íntegra. O artista participa de um debate gratuito nesta quarta, às 18h.

Serviço:
Instituto Moreira Salles (av. Paulista, 2.424, Consolação, tel.: 2842-9120). De ter. a dom., das 10h às 20h; qui., das 10h às 22h. Acesso gratuito às exposições.

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