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Em Treze Meses Dentro da TV, Adriano Silva conta como foi do céu ao inferno à frente do Fantástico, da Globo

Adriano ficou 400 dias à frente do ‘Fantástico' Divulgação

Adriano Silva é um cara sincero. Até demais, dirão alguns colegas jornalistas após a leitura deste “Treze Meses Dentro da TV” (ed. Rocco), livro no qual relata seus 400 dias como chefe de Redação do programa “Fantástico”, da Rede Globo.

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Nas 256 páginas escritas de forma ágil e direta, Adriano foge dos rodeios e assume erros e atitudes impensáveis para um profissional com a sua experiência no jornalismo. Fala em deslumbramento, ignorância, incompetência. E ao assumir de peito aberto seus equívocos, entrega ao leitor um excelente manual de sobrevivência no mundo corporativo, que extrapola as janelas da emissora carioca.

Tudo começa em 2006, quando Adriano, então prestigiado dentro da editora Abril depois de ter revolucionado a unidade Jovem ao reformular a revista “Superinteressante”, se viu alçado a uma posição burocrática, que pouco tinha a ver com o fazer jornalístico. Incomodado, viu e agarrou uma oportunidade de migrar para uma nova área, a televisão. As coisas talvez tenham andado rápido demais, mas o fato é que, não muito tempo depois, já era apresentado como chefe de Redação do “Fantástico” no Rio. Tinha agora um novo mundo a “revolucionar”. Estava no “topo”, admite. E adorando.

A partir daí, o que narra Adriano é uma sequência de eventos que acompanhamos como uma novela global. Sua chegada a uma terra estranha e o consequente choque cultural, os deslizes sociais, o desconhecimento dos bastidores do poder, a falta de adequação às engrenagens da nova empresa, estratégias equivocadas, sonhos desfeitos. Em pouco mais de um ano, foi do céu ao inferno. E voltou para contar.

Sua narrativa inclui personagens que, embora desconhecidos do público, há anos conduzem o jornalismo da Globo. A cada capítulo, Adriano conta sua história e a contextualiza, documentando a movimentação nos bastidores da emissora. Sem um final feliz, este “sincericídio”  entrega ao leitor o relato de uma rica experiência pessoal, bem como uma série de lições sobre o que não fazer quando ingressar na chamada “empresa dos sonhos”.

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