“Okja”, que estreia nesta quarta-feira no serviço de streaming Netflix, mostra a história de Mija (An Seo Hyun), uma menina fazendeira que busca resgatar seu grande amigo: um superporco geneticamente modificado.
O animal é levado para Nova York por um conglomerado liderado por Lucy Mirando (Tilda Swinton). Entre o humor e o drama, a garota enfrenta capitalistas e consumidores para voltar para casa com Okja.
O longa-metragem do sul-coreano Bong Joon-ho foi um dos 18 títulos na competição do último Festival de Cannes, em maio, e protagonizou uma das polêmicas do evento. A partir do ano que vem, filmes sem estreia em cinemas da França – como é o caso de “Okja”, exclusivo da Netflix – não poderão mais participar do festival. O diretor revela o constrangimento sentido no evento pela equipe do longa, que tem ainda no elenco Paul Dano, Giancarlo Esposito e Jake Gylllenhaal.
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O que você acha da regra de Cannes?
O festival nos convidou e, depois, causou uma polêmica, deixando-nos embaraçados. Eles deveriam ter dado as regras para só então nos convidar. Como é possível que um diretor estude leis francesas locais enquanto faz filmes? Acho que “Okja” foi usado para provocar assuntos sobre o festival.
A maior rede de cinema da Coreia do Sul se recusou a exibir o filme.
Eu entendo perfeitamente a posição dos multiplexes coreanos. Mas também acho que o princípio da Netflix de disponibilizar o filme em streaming simultâneo pelo mundo deve ser respeitado. “Okja” foi feito com a mensalidades dos assinantes deles e não podemos pedir que eles esperem para ver o filme nos cinemas.
Por que você escolheu uma menina e um porco como protagonistas?
Acho que é muito mais bonito quando meninas pequenas – e não meninos – mostram força. Não dei uma abordagem feminista à história, mas, à medida que ela foi sendo construída, percebi que os eixos precisavam ser femininos.
Mas por que um porco?
Quando você olha para um porco, você pensa em comida, o que é injusto. Porcos são, na verdade, criaturas muito limpas, bonitas e inteligentes. Nenhum outro animal simboliza tão bem essa dualidade. METRO internacional