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Novo álbum “Melodrama” confirma consistência de Lorde

Neozelandesa prova não ser artista de uma música só Getty Images

Era o ano de 2013 quando Lorde, ainda menor de idade, viu seu single “Royals” dominar as rádios de todo o mundo. Irônica e verdadeira sobre dramas da juventude, ela foi então considerada por David Bowie (1947-2016) o futuro da música. Quatro anos depois, aos 20 anos, ela trilha a profecia com seu segundo álbum, “Melodrama”.

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Mesmo com acesso a produtores que trabalharam com nomes como Drake e Rihanna e com o peso de ter estourado tão cedo, Lorde conseguiu se manter fiel à sua essência nas 11 boas faixas que compõem o disco.

“Melodrama” é praticamente um musical sobre uma jovem que transita entre a euforia e o drama. Todas as canções são sobre a desilusão adolescente com os romances e a sociedade, capturando uma geração que tenta ser mais feliz que a anterior sem medo de parecer idiota.

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O trabalho começa com uma das melhores faixas do álbum, o single “Green Light”, que, apesar de dançante, tem letra sobre o comportamento autodestrutivo de uma jovem após o fim do namoro.

As decepções amorosas, aliás, são tema de mais da metade das canções – Lorde terminou uma longa relação  enquanto compunha.

Entre as músicas de fossa está a balada “Liability”, que mostra a força da voz da cantora. Há também a ótima “Sober”, uma sensual tentativa de recuperação de um coração partido. Outro destaque é “The Louvre”, que começa com uma guitarra e acaba soando como as “bad trips” sobre as quais ela canta.

Este é um álbum feito para ser ouvido inteiro, com uma música puxando a outra – “Hard Feelings/Lovekess”, por exemplo, são duas faixas totalmente diferentes, mas coladas em uma só sequência de seis minutos de duração.

Embora se arrisque em músicas próximas do pop, como “Homemade Dynamite”, Lorde mostra que não abre mão de si. Ela é o futuro da música, mas não tem pressa que o público entenda isso.

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