Considerado o pai do gênero samba-rock, Jorge Ben Jor ganha uma homenagem à altura, em São Paulo, como parte do encerramento de mais uma edição do festival Nivea Viva, que já passou por Porto Alegre, Rio, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e Brasília.
Ao lado dos músicos do Skank e da cantora Céu, o célebre cantor e compositor carioca faz as vezes de cicerone da festa em um show gratuito que começa às 16h30, neste domingo, na Praça Heróis da FEB, na zona norte. A ocasião representa um marco inédito no projeto: pela primeira vez é o próprio homenageado que guia a apresentação.
A banda do Zé Pretinho, que tradicionalmente acompanha Ben Jor em suas turnês, completa o elenco, prometendo revisitar todos os clássicos do mestre – ou seja, dá para dançar muito e cantar bem alto.
Recomendados
“Muito sortuda com o namorado, mas sem estilo algum”, o visual da namorada de Henry Cavill pelo qual...
Trabalhada na transparência, Jojo Todynho usa look all black na festa do cantor L7nnon
Rei Charles III fala em público pela primeira vez após pronunciamento de Kate Middleton
Aos 72 anos, Ben Jor segue firme na linha de frente da música brasileira. É dele o balanço que mistura blues, rock, bossa-nova, samba e outros ritmos, consagrado em sucessos como “Taj Mahal” e “W Brasil”.
Como nos shows anteriores do projeto, o cenário se completa com vídeos e projeções em LED retratando alguns filmes que influenciaram Jorge Ben Jor, conhecido por sua experimentação visual.
São clássicos como “Viagem à Lua”, de Georges Méliès, que será exibido durante “Os Alquimistas estão Chegando’, interpretada por Skank e Céu. “Jorge é ligado em cinema, o que serviu de inspiração para vestir o repertório”, conta Monique Gardenberg, diretora-geral do projeto.
A tarde começa com Skank e Céu juntos, que depois fazem cedem o terreno para o homenageado. O setlist reúne mais de 30 músicas, de todas as fases da carreira do artista, como “Chove Chuva” (Céu), “Balança Pema” (Skank), “Umbabaraúma” (Skank e Jorge) e “Mas que nada” (Céu e Jorge). O final será em grande estilo, com “País Tropical” e “Fio Maravilha”.
“Jorge é um acontecimento na MPB e vamos festejar essa força criativa que influenciou gerações”, diz Monique.
ENTREVISTA
O líder do Skank, Samuel Rosa, fala ao Metro Jornal sobre a emoção de dividir o palco com um dos seus maiores ídolos musicais.
É impossível falar em rock e pop no Brasil sem citar Jorge Ben Jor. Como isso se reflete na história do Skank?
Ele é muito cultuado por toda a nossa geração, dos anos 1990. De 10 bandas, 9 citam Ben Jor como influência. E com o Skank não é diferente. Posso dizer que ele foi nosso padrinho no início da carreira e nos deu muita força.
O futebol foi um dos motivos desta ligação?
Com certeza. O Ben Jor poderia fazer um disco só com músicas de futebol, isso serviu de inspiração para a gente compor “É uma Partida de Futebol”, por exemplo. Mas tocamos com ele várias vezes. Nos primeiros anos ele nos chamava para participar de programas de TV.
E no show, como será?
É uma sensação de fã tocando com o ídolo, sabe? Vamos interpretar 15 músicas que não foram feitas pela gente, será a leitura do Skank para vários clássicos. Além disso, vamos dividir o palco com a banda do Zé Pretinho, de grandes músicos. Tocar junto é enriquecedor.
Quais são suas músicas preferidas dele?
Gosto de todo o disco “A Tábua de Esmeralda”, de 1974. É uma honra poder tocar “Os Alquimistas estão Chegando” e “Menina Mulher da Pele Preta”.