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The Jesus and Mary Chain retorna com sonoridade gótica e intensa em ‘Damage and Joy’

Os irmãos Reid deixaram a fase de brigas e separações para trás Reprodução

Desde 1998, com “Munki”, os irmãos escoceses William, 58, e Jim Reid, 55, da banda The Jesus and Mary Chain, não lançavam um álbum de estúdio. Após longos períodos de hiato, brigas e separações, em 2015 eles voltaram a se dedicar juntos a um novo trabalho com composições inéditas. O resultado é “Damage and Joy”, que segue apostando na sonoridade gótica e um tanto ácida, estilo marcante do duo.

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O álbum abre suas 14 faixas com as guitarras a mil em “Amputation”. Nos refrões, ela traz a definição de como o grupo se sentia quando, segundo Jim Reid, os fãs pareciam mais interessados em ouvir bandas que se pareciam com Jesus and Mary Chain em vez de se ligarem no próprio grupo. Um trecho da letra diz:  “I’m a rock and roll amputation” (eu sou uma amputação do rock n’roll). A canção é seguida pela melancólica “War and Peace”, na qual o protagonista se sente envelhecido e sem rumo.

Entre os grandes destaques do repertório do álbum, está a mórbida “Simian Split”, na qual o duo, em teor irônico, “assume a morte” de Kurt Cobain, finado vocalista do Nirvana, que se matou com um tiro na cabeça em 1994, aos 27 anos. A letra já começa assim: “I killed Kurt Cobain / I put the shot right through his brain (“Eu matei Kurt Cobain. Coloquei o tiro direito através de seu cérebro”).

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Já a penúltima canção, “Black and Blues”, sobre amantes condenados, suaviza o mau humor dos caras com a participação vocal mais pop da cantora Sky Ferreira, uma das musas do momento.

O disco chega ao fim com a quase balada “Can’t Stop The Rock”, com a participação de Linda Fox, irmã dos Reid. Apesar de não ser um dos melhores trabalhos do The Jesus and Mary Chain, “Damage and Joy” tem qualidade e prova que a banda ainda tem muito a oferecer

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