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Companhia Cisne Negro dança com o coração para festejar 40 anos

Não tem como falar de “H.U.L.D.A.”, que estreia nesta sexta-feira (21), no Teatro Santander, sem falar de afeto.

É o coração que rege o novo trabalho da Cisne Negro Cia de Dança, um manifesto artístico de gratidão à fundadora do grupo, Hulda Bittencourt, 82.

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Foi ela quem, há 40 anos, teve a ideia de misturar bailarinos e estudantes de educação física para montar uma companhia marcada por uma dança altamente vigorosa, diversificada e atlética.

Esse legado é celebrado na nova coreografia, assinada a quatro mãos por Dany Bittencourt – a filha responsável pela continuação ao trabalho da mãe – e o mineiro Rui Moreira, que começou a própria carreira sob a tutela de Hulda.

“Tudo isso está muito emocionalmente ligado a mim, porque fala de tudo o que a gente viveu até hoje. Fiquei com medo de travar e quis dividir o trabalho com alguém. Rui é praticamente um irmão e temos afinidade para entrar no trabalho um do outro”, afirma Dany.

A unidade do espetáculo ficou a cargo de Jorge Takla, responsável pelo argumento e direção geral. Na concepção dele, cada uma das letras do nome de Hulda evoca um conceito norteador da vida da artista. H é horizonte; U é união; L é liberdade; D é dança; A é amor.

“Não é um espetáculo biográfico, mas sobre a importância de tudo o que ela construiu”, diz Dany.

Além de contar com trilha sonora de André Mehmari, dos figurinos de Fabio Namatame e dos cenários de Nicolàs Boni, o espetáculo tem participações especiais de Ana Botafogo, primeira-bailarina do Balé do Theatro Municipal do Rio (de 21 a 23/4), e de Daniela Severian, ex-primeira-bailarina da Ópera de Wiesbaden (de 27 a 30/4).

“Elas representam por vezes a minha mãe, por vezes a dança. Em outras, são a inspiração ou a musa. Cada quadro traz uma leitura bem emocionante para elas”, afirma a coreógrafa, que se diz feliz em poder homenagear dona Hulda em vida. “Todo mundo queria estar junto nessa comemoração, e ela vai poder curtir e usufruir.”

São tantos corações reunidos em um só trabalho que o da própria homenageada ameaça fraquejar. “A cada ensaio ela diz que vamos matá-la, que não vai aguentar. Mas estamos segurando tudo e sabemos que ela aguenta, sim!”

Serviço:
No Teatro Santander (av. pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi, tel.: 4003-1022). Estreia sexta-feira (21). Qui. e sex., às 21h; sáb., às 18h e 21h; dom., às 16h e 19h. De R$ 50 a R$ 100. Até 30/4.

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