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Última obra de quadrinista italiano cult chega ao Brasil

“Os Últimos Dias de Pompeo” conta de modo visceral, na forma de um relato instintivo, a fase terminal de um artista viciado em drogas. A HQ ganhou ares de autobiografia com a morte do autor, aos 32 anos, por overdose de heroína, menos de um ano depois.

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“Andrea está nas dobras destas páginas”, escreve a ex-mulher do artista, Marina Comandini, em um texto que abre “Pompeo” – para ela, a obra mais completa e madura do quadrinista: “mostra de forma inequívoca toda a sua avassaladora força poética”.

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Pazienza viveu e morreu como um ídolo do rock. Se no Brasil foi publicado somente na revista “Animal”, durante a década de 1980, na Itália suas HQs estiveram nas páginas das melhores publicações (entre elas, as antológicas “Cannibale” e “Frigidaire”). Chegou a ser o quadrinista mais bem pago do país e disputado por famosos para pôsteres de filmes e capas de discos.

Fellini convenceu o artista a desenhar o cartaz de “Cidade de Mulheres”. Para o crítico cinematográfico Gianni Canova, “literatura, pintura, cinema, rock, tudo entrava em curto-circuito nos quadrinhos de Pazienza”. E suas influências (assumidas) eram tão ecléticas quanto ele. Variavam do beatnik William Burroughs (outro notório usuário de heroína) ao ilustrador da Disney, o criador das HQs do Tio Patinhas, Carl Barks.

Com seu estilão pop, um traço experimental e livre e histórias regadas por drogas, delírios e paranoias, Pazienza, captou a alma de sua geração e conquistou fãs. Na Itália, centros culturais, escolas, teatros e bibliotecas, e até uma praça e rua, levam seu nome.

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