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Morre o arquiteto e designer Sergio Rodrigues, aos 86 anos

Rodrigues em uma de suas crias, a poltrona Mole, em foto de 2010 | Daryan Dornelles/Folhapress
Rodrigues em uma de suas crias, a poltrona Mole, em foto de 2010 | Daryan Dornelles/Folhapress

Morreu na manhã desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, o arquiteto e designer de móveis Sergio Rodrigues, aos 86 anos, por insuficiência hepática. Ele já havia sido submetido a tratamento por complicações no fígado. Seu corpo será cremado na quarta, no Cemitério Memorial do Carmo.

Responsável por levar a outros patamares a elaboração de móveis no país e por ajudar o design brasileiro a ser reconhecido mundialmente, o arquiteto possui dezenas de obras marcantes. Sempre utilizando madeiras nativas, ele estreou em 1954 com o banco Mocho.

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No ano seguinte criou sua loja, a Oca, em Ipanema, no Rio. Foi por causa dela que o arquiteto Oscar Niemeyer se interessou pelo trabalho do designer e o convidou para criar móveis para alguns prédios de Brasília, como o Palácio do Planalto e o Itamaraty. Sua obra mais famosa (e copiada) é a poltrona Mole, feita de jacarandá e couro, que venceu em 1961 o Concurso Internacional do Móvel de Cantù, na Itália, abrindo as portas do mundo para o trabalho do artista. Hoje em dia a cadeira custa cerca de R$ 12 mil.

No próximo dia 22 a loja Dpot (al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.250, Jardim América) inaugura uma exposição em homenagem aos 60 anos de trabalho de Sergio, com a exibição da última criação do designer, a poltrona Benjamin.

Rodrigues deixa mulher e três filhos.

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Poltrona Tonico (1963) | Divulgação

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Sua primeira peça, o banco Mocho (1954) | Divulgação

Luminária Nico (1965) | Divulgação
Luminária Nico (1965) | Divulgação

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