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Baixista de Miles Davis, Marcus Miller traz seu jazz a São Paulo

Marcus já tocou com nomes como Herbie Hancock e é fã de Djavan | Mathieu Zazzo/Divulgação
Marcus já tocou com nomes como Herbie Hancock e é fã de Djavan | Mathieu Zazzo/Divulgação

Em toda sua carreira, Marcus Miller se destacou por dominar vários instrumentos, mas o baixo elétrico foi o eleito para se tornar seu grande parceiro. “Comecei a tocar piano aos 5, clarinete aos 10, sax aos 12 e encontrei o contrabaixo aos 13. E então me apaixonei”, conta o músico ao Metro Jornal.

Essa versatilidade o transformou em uma das principais lendas contemporâneas do jazz, que pode ser conferida em apresentação única em São Paulo, nesta quarta-feira, no Bourbon Street.

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Totalmente dedicado à música, o artista já trabalhou em mais de 500 discos na carreira, como baixista ou produtor. Um deles merece destaque especial: “Tutu”, um clássico de Miles Davis, lançado em 1986, que traz a contribuição de Miller, seja tocando ou na mesa de som dentro do estúdio. “Miles foi uma influência gigante para mim. Muita gente ao redor do mundo me descobriu através do meu trabalho com ele”, conta.

Vencedor de dois Grammys próprios, além de outros como produtor de nomes como Chaka Khan e Luther Vandross, sua discografia conta com 12 álbuns, sendo o último “Renaissance” (2012), gravado com a maioria dos jovens músicos que estarão com ele no palco do Bourbon Street esta noite.

Relembrando o passado, Miller destaca também outros artistas com quem trabalhou ao longo de sua carreira. “David Sanborn me deu muitas oportunidades para escrever, produzir e arranjar suas músicas, o que também significa muito. Trabalhar com pessoas como Herbie Hancock e Wayne Shorter também foi incrivelmente inspirador”, diz o músico.

Nessa lista está o músico brasileiro Djavan, com quem já tocou em um programa de TV norte-americano. “Alguém me deu um dos discos dele em 1979 e me tornei um fã de sua música. Quando nos conhecemos, eu o convidei para tocar em uma atração que era apresentada pelo David Sanborn, em 1989. Ele cantou na minha música e eu toquei na dele. Ele sempre fala em trabalharmos juntos novamente. Com sorte, isso acontecerá em breve”, avisa o baixista, que já tocou com outras estrelas brasileiras, como Ivan Lins, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Naná Vasconcelos.

Sobre voltar a tocar no Brasil, Marcus Miller se mostra empolgado. “Eu adoro tocar aqui. O público parece entender a música em um nível espiritual. Você não encontra isso em outros lugares”, enfatiza.

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