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Pós-Flip começa nesta segunda-feira em São Paulo e no Rio

Quem não conseguiu ir à Festa Literária Internacional de Paraty pode ter um gostinho da programação do evento no pós-Flip que acontece em São Paulo e no Rio. Os trabalhos na capital paulista começam nesta segunda-feira, um dia após o término da 12ª edição, com seis autores estrangeiros se alternando em diferentes espaços da cidade para lançar livros, participar de bate-papos e ministrar conferências sobre os temas que lhe são caros.

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Os destaques ficam para a neozelandesa Eleanor Catton, a mais jovem vencedora do Man Booker Prize, e o chileno Jorge Edwards, testemunha viva da história da América Latina no século 20.

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Flip termina com mais 30% de público

Com aumento de 30% de público em comparação ao ano passado, a 12ª edição da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) resgatou os princípios e a missão original da festa, criada em 2003, ao democratizar o acesso às mesas de discussão e interagir mais com a cidade. A avaliação é dos organizadores do evento, que fizeram um balanço da festa que chega ao fim neste domingo (3) após cinco dias de intensa programação.

As mudanças de formato, como telões ao ar livre transmitindo as mesas da programação principal e o show de abertura com a cantora Gal Costa, pela primeira vez gratuito, são exemplos da busca de maior integração com os espaços públicos, disse o diretor do evento, Mauro Muñoz. “Cada vez mais fomos distribuindo esse acesso, pensando em como a cidade funciona, pois é uma cidade onde é muito bom fruir os espaços urbanos.”

Integrante do conselho diretor e diretora executiva da Flip, Izabel Costa Cermelli, que é paratiense, percebeu nas ruas que a nova arquitetura retomou o espírito da primeira Flip e mudou a relação da cidade com o evento. «O público se sentiu mais à vontade para se aproximar e participar das instalações – essa nova arquitetura retomou o espírito da primeira Flip, ao revelar que esse resultado é fruto também das manifestações de rua do ano passado, que levaram a organização a refletir sobre o grau democracia do evento, de abertura e acesso aos conteúdos.

«Terminei esta Flip com um gosto diferente das Flips anteriores. Lembrou-nos o que era aquele sonho no começo, o que queríamos para Paraty e para esse evento e ela trouxe esse gosto de volta», acrescentou Izabel.

O curador da Flip, Paulo Werneck, chegou a brincar dizendo que esta foi a «Flip das Flips», parafraseando expressão usada pela presidenta Dilma Rousseff ao se referir à Copa do Mundo no Brasil. «com a diferença de que nós saímos ganhando», disse ele. «A Inovação foi a marca desta edição. «A tenda inovou, os telões inovaram, o design gráfico”, afirmou Werneck, ao ressaltar novos formatos também da programação e núcleos de discussão, como as questões indigena e da Amazônia. “Conseguimos oferecer muitos ângulos e portas de entrada para o público, que participou da festa como protagonista.» Para o curador, com o êxito deste ano, o formato das tendas anteriores tornou-se obsoleto.

A página oficial da Flip na internet teve cerca de 1 milhão de acessos. Cerca de 60 mil pessoas se inscreveram na página do evento nas mídias sociais. E, pela primeira vez, o áudio de todas as mesas estará em breve disponível na íntegra no YouTube.

Outra novidade, a «fila do último minuto», que vendia ingressos para assentos não ocupados, também contribuiu para o sucesso de público de todas as 23 mesas da programação oficial. «Muita gente compra vários ingressos com antecedência, mas nem sempre dá conta de assistir a todas as mesas», explicou Muñoz. “Ao longo desses 12 anos, aprendemos a lidar com isso. Então, ficou tudo muito bem distribuído e foi uma boa conquista.”

O empresário Pedro Herz, que esteve em todas as edições do evento, elogiou a iniciativa deste ano de disponibilizar telões e espaços gratuitos, mas criticou os altos preços da hospedagem na cidade nesse período. «É preço de hotel cinco estrelas em Nova York. Aqui é tudo muito caro para o que é oferecido.»

Pela primeira vez na Flip, a médica e professora universitária Alexandra Prufer Araújo ficou encantada com a festa. «Aqui temos oportunidade de mergulhar também nos autores, além dos livros. Adorei os telões nas praças, pois dão oportunidade às pessoas de ter acesso aos atores de forma gratuita e democrática, de entender como eles escrevem, como pensam, como obtêm suas experiências. Achei fantástico”, disse Alexandra, que pretende voltar e trazer «pessoas queridas».

Durante os cinco dias de evento, foram oferecidas mais de 200 atrações entre shows, lançamentos de livros, peças de teatro, mesas de debates e filmes. Os organizadores estimam que mais de 26 mil pessoas tenham passado pela festa em Paraty.

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