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Corpo de Paulo Goulart é enterrado em SP

Sob forte comoção o corpo de Paulo Goulart foi enterrado na tarde desta sexta-feira no cemitério da Consolação, em São Paulo.

Nicette Bruno, com quem o ator foi casado por 60 anos, foi amparada durante toda a cerimônia pelos filhos Beth Goulart, Paulo Goulart Filho e Bárbara Bruno, e chorou muito ao se despedir do companheiro.

Durante o sepultamento, ela jogou uma flor em clima do caixão e mandou um beijo com a mão para o marido.

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Paulo estava internado há dois meses no Hospital São José, do grupo Beneficência Portuguesa.

Em 2012, o artista de 81 anos teve um câncer no mediastino (cavidade no centro do tórax, localizada entre os pulmões). Há sete anos, ele também já havia passado por uma cirurgia para a retirada de um tumor no rim.

Em entrevista à imprensa, Nicette falou sobre os últimos momentos do ator. «Foi um final dolorido, mas foi uma passagem muito em paz, com muito amor, com todos os filhos à volta dele, netos, eu de mãos dadas com ele porque o nosso amor é eterno. Nós vamos ter esse momento de separação, mas estaremos juntos sempre. A dor é grande, mas a certeza de que ele sempre estará conosco, essa é infinita», disse emocionada.

Muitos famosos fizeram questão de dar o último adeus ao ator, como Ney Latorraca, Beatriz Segall, Vida Alves, Marcos Caruso, Othon Bastos, Silvio de Abreu, Francoise Fourton, Agnaldo Timóteo, Lolita Odrigues, Eduardo Suplicy, Fúlvio Stefanini, Geraldo Alckmin, entre outros.

Carreira

O primeiro trabalho de Paulo Goulart foi na rádio do pai, fundada em Olímpia, também no interior de São Paulo, onde foi locutor, DJ e operador de som. Em 1951, já era contratado da Rádio Tupi, na capital, que também começava a investir na TV. Foi ali que ele apareceu na telinha pela primera vez, em um programa de Mazzaropi.

Sua estreia nos palcos se daria no ano seguinte, quando também faria na TV Paulista sua primeira novela, “Helena”, adaptação de Manoel Carlos para o romance homônimo de Machado de Assis.

Nos anos seguintes, Goulart mudou com a família para o Rio de Janeiro e Curitiba, retornando a São Paulo na década de 60. Contratado pela TV Excelsior, fez na emissora novelas como “As Minas de Prata” (1966) e “O Terceiro Pecado” (1968).

Em 1988, ele integrou o elenco da minissérie «Chapadão do Bugre», na Band, baseada na obra de Mario Palmerio, com direção de Walter Avancini. Em 95 esteve na novela «O Campeão» e em 1996 em «A Idade da Loba», ambas realizadas pela TV Plus para exibição na mesma emissora.

Foi na TV Globo, porém, onde o ator fez a maior parte de seus trabalhos, iniciados em 1969 com “A Cabana do Pai Tomás”. Na emissora, ele atuaria em muitos outros folhetins como “Uma Rosa com Amor” (1972), “Plumas e Paetês” (1980), “Jogo da Vida” (1981), “Fera Radical” (1988), “América” (2005) e “Morde de Assopra” (2011).

Dirigido por Luís Sérgio Person em 1974 na peça “Orquestra de Senhoritas”, de Jean Anouil, ganhou o prêmio de melhor ator da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Em 2006, ele e sua família foram homenageados com um troféu especial pelos 20 anos de carreira no teatro, na 18ª edição do Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro.

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