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Museu de Arte Moderna reúne obras inspiradas pelas manifestações de 2013

“Yes, Nós Temos Bananas” (2001), de Nelson Leirner, faz parte da mostra | Divulgação

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As manifestações que tomaram conta do país em junho do ano passado voltam a inspirar ações no meio cultural. Uma delas é a mostra “140 Caracteres”, que abre nesta terça-feira no Museu de Arte Moderna (MAM).

Até o dia 16 de março serão apresentadas 140 obras contemporâneas do acervo que têm como tema a diluição da individualidade a partir de ações conjuntas. A ideia surgiu através do projeto de Laboratório de Curadoria da instituição, coordenado por Felipe Chaimovich, que reuniu 20 alunos ao longo do ano para estudar aspectos do museu. Juntos, os integrantes do grupo se inspiraram nas manifestações e no modo que os protestos ganharam força pelas redes sociais – por isso o nome da mostra, referente ao número de caracteres máximo usado por postagem no Twitter.

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Na Grande Sala do museu as peças serão divididas em núcleos relacionados a assuntos da atualidade, como o de máscaras, com peças escolhidas no acervo que fazem alusão ao fato de os manifestantes cobrirem o rosto durante protestos.

Já na Sala Paulo Figueiredo serão expostas obras criadas no período da ditadura militar – também numa lembrança aos 50 anos do golpe de 1964. “Uma observação que deve ser feita é o contraponto com as obras do acervo que tratam da mobilização política e os protestos na época da ditadura, mas são atuais”, analisa Chaimovich.

Até o conceito dos rolezinhos podem ser inseridos na temática da mostra. “Ele [o rolezinho] é ativado pelas redes sociais. Há de novo uma apropriação do espaço e também há a diluição da propriedade do movimento”, diz Felipe.

A mostra criou também a hashtag #140caracteres mam, contrariando normas de alguns museus sobre a proibição de fotografar obras de arte e incentivando o público a expor os trabalhos através da Internet.

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