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‘Palavra de Mulher’ comemora os 70 anos de Chico Buarque

Tania, Lucinha e Virgínia estão em ‘Palavra de Mulher’ | Divulgação
Tania, Lucinha e Virgínia estão em ‘Palavra de Mulher’ | Divulgação

São centenas de canções de Chico Buarque que falam de amor, desilusão, samba, críticas sociais, política, a vida no Rio de Janeiro… mas algumas delas se tornaram muito peculiares: as cantadas a partir do olhar das mulheres.

São elas que compõem toda a atmosfera do musical “Palavra de Mulher”, dirigido por Fernando Cardoso, que volta a São Paulo a partir de amanhã.

O espetáculo é um dos muitos programados para este ano que vão celebrar as sete décadas de vida do cantor carioca, a serem completadas no próximo 19 de junho. Nele, Lucinha Lins, Virgínia Rosa e Tania Alves dão voz a personagens retratadas no cancioneiro de Chico, como em “Tatuagem”, “O Meu Amor”, “À Flor da Pele” e pelo menos outras 21 músicas, celebradas em clima de cabaré. “Chico sempre agrada muito, emociona, e tem seu jeito particular e poético, principalmente sobre as mulheres”, analisa Virgínia.

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Projeto

A Companhia da Revista também prepara para agosto duas apresentações relacionadas ao autor. Com o projeto chamado “Chico 70”, o grupo vai montar “Ópera do Malandro” e o espetáculo inédito “Reconstrução, uma Festa Imodesta para Chico Buarque”.

De acordo com o diretor da trupe, Kleber Montanheiro, as montagens não são uma homenagem ao cantor. “A gente queria dialogar com sua obra assim como ele fez em vários segmentos, falando sobre relações, política e o indivíduo”, explica.

 

Serviço

No Teatro Renaissance (al. Santos, 2.233, tel.: 3069-2286). Estreia neste sábado. Sex., às 21h30 (R$ 50); sáb., às 21h (R$ 80); dom., às 18h (R$ 70). Até 2/3.

 

Musical repassa trajetória de Chico em 48 canções

Outro espetáculo programado para chegar a São Paulo no segundo semestre, ainda sem lugar definido, é “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, a 34a montagem da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, que estreou semana passada no Rio.

O próprio Claudio e as atrizes Soraya Ravenle e Malu Magalhães estão à frente do elenco, em uma trama que utiliza pouco texto e narra as histórias de uma trupe teatral através de 48 canções do cantor carioca, focando as obras compostas para teatro, cinema e TV, incluídos aí clássicos criados para peças como “Roda Viva” (1967) e filmes como “Quando o Carnaval Chegar” (1972) e “Para Viver um Grande Amor” (1983).

“Tirar uma canção do repertório era como tirar um pedaço de mim. Mas fomos muito coerentes com a proposta de nossa história. O que a gente viu que estava sobrando, sacrificamos em prol da trama. Não é um show de música, é teatro musical. É sobre estar em temporada, ser mambembe, estar no Brasil musical”, descreve Charles Möeller.

 

chico-peça-Relembre quatro espetáculos criados por Chico Buarque que foram sucesso nos palcos nas décadas de 1970 e 1980 e que ganham novas montagens este ano

• O Grande Circo Místico. Balé inspirado no poema homônimo de Jorge de Lima, o espetáculo estreou em 1983 com trilha composta por Chico e Edu Lobo narrando a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata. João Fonseca é o responsável pela adaptação para o teatro da história, que chega a São Paulo no segundo semestre.

• Ópera do Malandro. Adaptação dos clássicos “Ópera dos Mendigos”, de John Gay, e “A Ópera dos Vinténs”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, a peça apresentada em 1978 (foto) era estrelada por Ary Fontoura e Elba Ramalho e tinha como pano de fundo jogos, contrabando e prostituição. A história volta aos palcos cariocas no segundo semestre, pelas mãos de João Falcão. Em São Paulo, estreia em agosto versão da Companhia da Revista.

• Os Saltimbancos. Versão de Chico para o musical infantil do italiano Sergio Bardotti que faz uma alegoria política sobre lutas de classe. A montagem clássica é de 1977, mas sucesso mesmo fez o filme com Os Trapalhões, de 1981. Renato Aragão volta a se envolver com o projeto em sua estreia no teatro, prevista para outubro no Rio, também com direção de Möeller e Botelho.

• Calabar. Ruy Guerra foi coautor do musical censurado em 1973 e agora está à frente da remontagem, prevista para estrear no Rio no fim do ano. O espetáculo conta a história de Domingos Fernandes Calabar, senhor de engenho no século 17 considerado o maior traidor da história brasileira.

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