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Escritor ganha fama com poesias feitas em guardanapo

Depois de um dia de trabalho estressante no final do ano passado, Pedro Gabriel, 29, sentou-se ao balcão do Café Lamas, no Rio, pediu um chopp e rabiscou frases num guardanapo. O respiro de fim de tarde acabou se repetindo várias outras vezes. Um ano depois, o bar já era quase um escritório e os rabiscos, poesia compartilhada por centenas de pessoas no Facebook.

Pedro é autor da pá “Eu me chamo Antônio”, com 395 mil curtidas na rede social. Neste mês, lança seu primeiro livro, uma reunião de seus melhores guardanapos, com o mesmo nome do página.

Antônio é um personagem quase biográfico. O nome completo do autor é Pedro Antônio Gabriel Anhorn. “Meus amigos me conhecem por Pedro Gabriel. Escolher Antônio foi uma forma de dar vida ao esquecido. É um personagem para exteriorizar meus sentimentos”, diz.

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As fotos dos guardanapos no Facebook surgiram como forma de preservar esse material. E o resultado impressionou. “Acho que esse é um dos pontos fortes da rede social para a divulgação da literatura: poder alcançar pessoas das mais diversas regiões do Brasil (e do mundo) com uma rapidez impressionante.”

Entre curtidas e compartilhamentos, Pedro já recebeu até pedidos de casamento. “Sei que elas ou eles estão pedindo a mão da poesia, não necessariamente a minha. Acho que é como se pedissem para casar com o bem que os guardanapos fazem.”

O escritor nasceu na cidade de N’Djamena, capital do Chade, filho de pai suíço e mãe brasileira. Chegou ao país aos 12 anos e, até os 13, não falava português. Agora seguido por quase 400 mil internautas, o publicitário continua a frequentar o balcão do Lamas. “Até tentei criar artes em casa, mas nunca fico satisfeito com o resultado. Existe uma mágica naquele balcão.”

 

Na rede

“Eu me chamo Antônio” pode ser acompanhado:

No Facebook: /eumechamoantonio

No Twitter: @_mechamoantonio

No Instagram: @eumechamoantonio

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