A história de Angeli será contada em um longa-metragem que está sendo produzido em Santo André. O filme mistura o universo do desenhista ao de seu personagem Bob Cuspe, um punk perdido no tempo e no espaço.
Tudo isso será mostrado por meio de uma animação em stop motion – aquela técnica que dá a sensação de movimento a partir da manipulação de bonecos de massinha.
Apesar de ser uma ficção, a produção também tem uma pegada documental, já que reconta a história do artista. “Quando se fala em documentário há um compromisso com a verdade. A animação pode inverter isso, não é preciso ser tão rigoroso”, diz o diretor Cesar Cabral, da produtora Coala Filmes.
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Cabral é autor de “Dossiê Rê Bordosa” (2008), curta também animado em que faz um falso documentário para “investigar” o porquê de Angeli ter matado nas tirinhas a personagem-título, uma das mais emblemáticas de seu portfólio. O filme venceu diversos prêmios pelo país, entre os quais o de melhor edição e roteiro no Festival de Gramado e o de melhor curta no Cine PE.
A produção do longa deve demorar cerca de três anos. Segundo o diretor, “o processo da animação é lento. Em dias bons, nós conseguimos produzir cinco segundos”.
O público-alvo engloba adolescentes e, principalmente, adultos que acompanharam o início da carreira de Angeli.
O cartunista é famoso por misturar em seu trabalho humor e ironia. Ao lado de Laerte e Glauco (1957-2010), ele lançou a revista “Chiclete com Banana”, uma das publicações de quadrinhos mais importantes do país.
Parte do patrocínio do longa vem do Programa Petrobras Cultural. A produtora tenta agora aprovação em outros editais para conseguir a captação da verba necessária para a complementação do orçamento do longa.