Entre 2004 e 2011, Sebastião Salgado, 69, desbravou lugares remotos do planeta e registrou imagens ímpares. São paisagens terrestres e aquáticas e povos e animais que vivem em ambientes onde a natureza ainda reina silenciosa.
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Esse trabalho está refletido nas 245 fotografias em preto e branco que compõem a exposição “Gênesis”, sua primeira mostra inédita em mais de dez anos, que abre amanhã no Sesc Belenzinho após já ter percorrido Londres e o Rio.
“A fotografia é o tempo da vida. E somos muito rápidos. ‘Gênesis’ materializa a ideia do início’’, diz o artista, que se inspirou em uma vivência pessoal para iniciar os registros que compõem a mostra e um livro, que têm curadoria de Lélia Wanick Salgado.
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“Nos anos 1990, concluí o trabalho ‘Êxodos’, que me deixou muito marcado pela brutalidade que vi na África. Pensei em parar de fotografar. Nessa época, meus pais me doaram uma fazenda. Quando eu era criança, ela era 50% Mata Atlântica. Mas, ao recebê-la, ela estava tão doente quanto eu. Recuperá-la me motivou a voltar a fotografar.”
Em visitas a lugares como a Patagônia e Madagascar, o que mais preocupou Salgado foi a destruição das florestas. “Já a Amazônia, estamos destruindo sem piedade. O que está aqui é o que temos que proteger. E é só uma questão de boa vontade.”